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sexta-feira, 23 de abril de 2021

CACHORRADA

Sessão no STF termina com bate-boca entre Gilmar e Barroso

O ministro Gilmar Mendes se envolveu em bate-boca com o colega Luís Roberto Barroso, do STF |  


Os dois ministros trocaram farpas após o tribunal formar maioria pela manutenção da suspeição do ex-juiz Sergio Moro; 'Vossa Excelência perdeu', disse Gilmar ao colega

A sessão desta quinta-feira, 22, do Supremo Tribunal Federal (STF), na qual foi referendada a decisão da Segunda Turma de considerar o ex-juiz Sergio Moro suspeito nos processos envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, terminou com um bate-boca entre os ministros Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso.

Gilmar, que votou por manter a suspeição de Moro, pediu a palavra ao presidente da Corte, Luiz Fux e, como já havia feito durante a leitura de seu voto, voltou a criticar o relator, Edson Fachin, por ter encaminhado o caso ao plenário. “Há meios [mais corretos] de se trazer o tema para o pleno”, disse Mendes. Barroso, que defendeu a Lava Jato e foi contrário à suspeição do ex-juiz, retrucou: “O conflito não foi entre a [Segunda] Turma e o plenário. Foi entre o relator e a Turma”.

Mendes não gostou do comentário do colega e respondeu, ironicamente: “Eu também quero aprender essa fórmula processual”. Barroso, então, subiu o tom: “Estou argumentando juridicamente. Não precisa vir com grosserias”.

Quando Fux tentava interferir e apaziguar os ânimos, Gilmar voltou a provocar Barroso: “Vossa Excelência perdeu”, disse ao colega. “Vossa Excelência sentou em cima da vista durante dois anos e se acha no direito de ditar regras para os outros”, esbravejou Barroso.

Como noticiamos, o julgamento ainda não terminou. O placar, por enquanto, é de 7 a 2 pela manutenção da suspeição de Moro. Até o momento, votaram pela manutenção da decisão da Segunda Turma da Corte os ministros Alexandre de Moraes, Nunes Marques, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Rosa Weber. Foram contrários à manutenção da suspeição o relator, Edson Fachin, e o ministro Luís Roberto Barroso.

Faltam votar o decano da Corte, ministro Marco Aurélio Mello — que pediu vista e interrompeu o julgamento — e o próprio Fux, que preferiu não votar antes do colega.


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