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sexta-feira, 23 de abril de 2021

IRRESPONSABILIDADE COM O FECHA TUDO

Governantes fecharam os olhos à dramática situação do Brasil real

As comunidades brasileiras são o tema do mais recente artigo de Augusto Nunes | Foto: Divulgação/Agência Brasil


Pesquisa revela o drama de favelados e as consequências sofridas por eles em razão do lockdown

Prefeitos e governadores brasileiros insistem no lockdown como a solução para frear o avanço da covid-19. Desde o início da epidemia, vários estudos têm reiterado a seguinte constatação: fechar a economia não impede que o coronavírus se espalhe. Entre os levantamentos mais famosos estão o relatório elaborado pelo banco J. P. Morgan, uma das mais respeitadas instituições financeiras do país, e a pesquisa da fundação suíça Insights for Education, informado que tampouco a suspensão das aulas presenciais tem poder de vencer o patógeno. A esses documentos junta-se um nacional, feito pelo Data Favela em parceria com o Instituto Locomotiva. Conforme os pesquisadores, que entrevistaram moradores de comunidades entre 9 e 11 de fevereiro, nas duas semanas anteriores ao levantamento em ao menos um dia 68% dos moradores não tinham conseguido dinheiro para comprar comida.

“Previsivelmente, os fechadores compulsivos de bares, restaurantes, templos, museus, cinemas, teatros, shopping centers, prateleiras de supermercados, escolas, fábricas e lojas fecharam os olhos à dramática piora da paisagem formada pelas favelas brasileiras, onde sobrevive uma gente que ajuda a transformar o transporte público no maior e mais alarmante foco de disseminação do coronavírus do Brasil. O palavrório de entrevistas coletivas de governadores e prefeitos não incluiu sequer um asterisco sobre os brasileiros amontoados em barracos”, escreveu o jornalista Augusto Nunes, em artigo publicado na Edição 56 da Revista Oeste. “Os favelados sabem o que fez e faz cada governante e cada instituição no Brasil da pandemia. Mas os participantes involuntários do isolamento dos desvalidos acham muito mais perigoso esperar num barraco a salvação que não virá.”



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