GIF Patrocinador

GIF Patrocinador

quinta-feira, 6 de maio de 2021

DEPOIMENTO DO MINISTRO DA SAÚDE

CPI da Covid ouve Queiroga nesta quinta: o que esperar do depoimento do ministro da Saúde


O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, falarão à CPI da Covid do Senado nesta quinta-feira (6). A previsão é que Queiroga fale no período da manhã e Barra Torres seja ouvido à tarde. Eles serão os primeiros membros atuais do governo de Jair Bolsonaro a prestarem esclarecimentos à comissão — até o momento, a CPI ouviu dois ex-ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich.

A expectativa é que os depoimentos de Queiroga e Barra Torres sejam também pautados por dois dos temas que mais marcaram a CPI até o momento: a vacinação contra Covid-19 e a utilização da cloroquina e de outros medicamentos sem eficiência comprovada para o combate à pandemia. A 

O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que Queiroga será questionado sobre a revelação de que o ministério propagandeou um número de vacinas contratadas inferior ao real. "Queremos saber se tem ou não vacina e quais são os contratos. Vou esperar o ministro aqui com essa resposta", disse o senador em entrevista coletiva após a reunião da CPI desta quarta.

O Ministério da Saúde tem anunciado um número de doses que é aproximadamente o dobro do que foi efetivamente adquirido até agora. Em resposta oficial a um questionamento do deputado federal Gustavo Fruet (PDT-PR), a pasta admitiu ter 281 milhões de doses garantidas, e outras 282 milhões “em negociação”. O ministério vinha falando publicamente em 560 milhões de doses garantidas.

A presença de Queiroga foi requerida por quatro senadores, que apresentaram pedidos distintos: os oposicionistas Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o governista Eduardo Girão (Podemos-CE) e o relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL).

Nesta quarta, o ministro da Saúde disse que "negacionismo é negar o que o governo federal tem feito no investimento na pesquisa, na ciência e na tecnologia". A crítica de "negacionista" é uma das mais atribuídas ao governo Bolsonaro na condução do combate à pandemia, pelo fato de o presidente mostrar resistência a medidas como o isolamento social e o uso de máscaras.

Já Barra Torres foi convocado pelos mesmos quatro senadores e também por Angelo Coronel (PSD-BA). O senador da Bahia justifica o pedido da presença do presidente da Anvisa por entender que a decisão da agência de reprovar o uso da vacina Sputnik V no Brasil demanda esclarecimentos.

"O processo que levou à não liberação pela Anvisa da vacina Sputnik V, produzida pelo laboratório russo Gamaleya, foi envolto em polêmicas e supostas pressões de ambos os lados. Tal processo merece 

Queiroga é ministro da Saúde desde março, quando sucedeu Eduardo Pazuello. Barra Torres comanda a Anvisa desde novembro do ano passado. Ele chegou a ser especulado para exercer o cargo de ministro da Saúde em mais de uma ocasião, após as quedas de Mandetta e Teich, e também em um dos períodos de instabilidade de Pazuello.


Por Olavo Soares


Nenhum comentário:

Postar um comentário