GIF Patrocinador

GIF Patrocinador

sexta-feira, 28 de maio de 2021

NÁUTICO - CASO KEVYN

Kevyn consegue rescisão unilateral com o Náutico, mas clube segue otimista em recurso e vê processo se estendendo

CSA chegou a acertar com Kevyn, mas imbróglio impediu contratação (Foto: Caio Falcão/CNC)



Vice-presidente jurídico do clube, Bruno Becker acredita que a decisão será facilmente revertida, mas o processo em si, ainda vai demorar


O lateral esquerdo Kevyn conseguiu uma vitória no mais recente capítulo da novela envolvendo sua rescisão contratual com o Náutico, que já se estende desde a temporada passada. Na noite desta quarta-feira, a Juíza do Trabalho Marilia Leal Montenegro Spinelli, da 1ª Vara de Trabalho do Recife, deferiu o pedido do jogador de rescisão unilateral do contrato, além de condenar o clube a uma multa de quase R$ 70 mil. Ao Náutico, ainda cabe recurso.

O jogador alega atrasos salariais e não recolhimento do FGTS e já teve uma liminar concedida anteriormente para a rescisão do vínculo, mas o Náutico acumulou vitórias em recursos. Dessa vez, porém, a decisão já foi no julgamento de fato, não sendo apenas uma decisão liminar. Ainda assim, o jurídico do Náutico trata a pauta com otimismo, uma vez que a decisão se baseia nos mesmos argumentos que existiam na primeira decisão, o que sinaliza a possibilidade de, novamente, uma vitória do clube nos recursos. A informação foi antecipada pelo repórter César Rosati, da rádio CBN.

Essa situação otimista foi explicada pelo vice-presidente jurídico do Náutico, Bruno Becker. “Essa sentença foi conferida pela mesma juíza que lá no início do processo deu uma liminar que foi concedida a favor de Kevyn. Dessa liminar, a gente recorreu, revogou, cassou a liminar. E, agora, a juíza, pelos mesmos fundamentos que havia concedido a liminar, julgou o caso. Como os fundamentos da liminar que foi cassada pelo Tribunal, foram concedidos pela sentença, isso dá indícios que a gente vai reverter essa sentença, também, no Tribunal”.

Becker ainda continuou a explicação. “Permanece a certeza de que o Náutico tem o direito. Tanto que as liminares que foram concedidas pelos mesmos motivos que a juíza concedeu a sentença, as liminares foram cassadas. Não teve um elemento novo, um fato novo. Nada. São as mesmas”.

Com isso, o Náutico, agora, prepara um recurso para ser protocolado e poder levar o caso à segunda instância: o julgamento colegiado do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região. “A juíza entendeu que Kevyn tem direito a rescisão indireta. Como a gente fala popularmente, deu o ganho de causa a Kevyn. Dessa sentença, nós vamos entrar com recurso no Tribunal Regional do Trabalho (da 6ª Região)”.

Para Bruno, esse recurso deve ser protocolado em até oito dias. “Esse prazo se estende por toda a próxima semana para a gente protocolar o recurso. O clube teve notícia da sentença hoje (quinta-feira), então, dentro desse prazo, dentro de, no máximo, oito dias, a gente deve estar com isso protocolado, e aí vamos aguardar essa nova fase do processo, de recursos”.

DEMORA

Apesar de acreditar que o Náutico terá a vitória ao fim, Bruno revelou que esse deve ser um processo longo. Ele comparou o caso do lateral esquerdo com o do atacante Gustavo Scarpa, que teve um grande imbróglio em sua saída do Fluminense para o Palmeiras em 2018, com várias etapas no processo até a sua conclusão. Mesmo estando em campo durante parte do tempo do processo, Scarpa passou mais de quatro meses parado. No caso de Kevyn, já são quatro meses fora de jogo e nenhuma previsão de solução do seu caso.

“Esse processo tem uma longa estrada ainda pela frente. Esse se assemelha em muito com aquele caso do Gustavo Scarpa, que estava no Fluminense, voltou para o Palmeiras, teve a liminar, fez o contrato com o Palmeiras, depois o Fluminense suspendeu a liminar, ele teve que voltar… Isso é uma etapa de um processo que ainda vai se estender um pouco”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário