Com a versatilidade como trunfo, Bryan se firma na briga por vaga na lateral esquerda do Náutico
Bryan já foi titular na ala esquerda seis vezes (Foto: Tiago Caldas/CNC)
Lateral direito já atuou em cinco posições diferentes desde que retornou ao clube, no início do ano passado
Quem lista os jogadores do Náutico por posição pode achar que a lateral esquerda é um setor sem concorrência. Ledo engano. Além de Rafinha, outro nome tem força na briga pela camisa 6 do Timbu: Bryan. Atacante na base, lateral direito na chegada, meia com Dal Pozzo, lateral esquerdo, ponta direito e esquerdo com Hélio, e até parteiro nas horas vagas.
A versatilidade, claramente, é um dos trunfos do atleta de 24 anos. Quando anunciado no Náutico pela primeira vez, em 2018, Bryan foi tratado como um jovem que havia feito as categorias de base como atacante, mas que chegava, emprestado pela Chapecoense, como lateral direito. E foi nessa posição que ele atuou em 12 das 13 partidas que fez em sua primeira passagem, ganhando a titularidade na reta final da Série C.
Após mais um ano na Chape, Bryan foi liberado em definitivo para o Náutico. No início de 2020, antes da paralisação das competições por causa da pandemia, Bryan fez seis jogos, todos na ala direita. Depois, porém, Gilmar Dal Pozzo passou a utilizar o jogador como meia de ligação, posição na qual ele fez três jogos, além de atuar uma vez na ponta direita do Timbu.
Com a chegada de Gilson Kleina, Bryan até entrou nos minutos finais de um jogo para atuar no meio de campo, mas teve mais chances jogando na lateral, onde fez cinco jogos, número que poderia ter sido maior, não fosse a lesão que o tirou de campo por dois meses.
Mas o jogo virou, em definitivo, para Bryan quando Hélio dos Anjos assumiu o Náutico. Presente em 25 das 26 partidas desde então, o jovem já foi acionado para atuar nas quatro posições abertas do 4-2-3-1 que o treinador aplica no Náutico: as duas laterais e as duas pontas. Como titular, inclusive, o setor no qual ele mais atuou foi a lateral esquerda, sendo acionado seis vezes, a última, justamente no clássico da semifinal do Pernambucano, quando foi escalado para a posição após sete jogos de titularidade de Rafinha.
Além da defesa esquerda, Bryan foi titular cinco vezes em cada ponta e apenas quatro vezes na sua posição nativa, a lateral direita. Saindo do banco, ele foi acionado na ala direita quatro vezes e na ponta direita em duas oportunidades. Para o levantamento, foram consideradas apenas as posições tomadas pelo jogador no momento da entrada, mesmo que, durante o jogo, ele tenha sido deslocado para outro setor.
OPÇÃO
Quanto ao motivo de ter acionado Bryan na esquerda para o jogo decisivo do último domingo, o treinador Hélio dos Anjos escondeu o jogo, mas elogiou a participação do atleta. "O porquê, eu prefiro guardar. Eu tenho que passar isso para os meus jogadores. Eles foram orientados. Para tomar essa decisão, eu conversei com o Rafinha sobre as questões técnicas que fizeram ele ser substituído. Conversei com o Bryan. Ele é um jogador versátil, de capacidade física muito grande, além da boa técnica. Para mim, fez um jogo brilhante”.
Hélio também cravou que existe disputa para a posição, lembrando que o zagueiro Wagner Leonardo também pode atuar na função. “O mais importante é que se jogar Bryan, Rafinha, o próprio Wagner, nós teremos sempre jogadores com intuito de ajudar e de capacitar a equipe. A questão do Wagner é um jogador que vem crescendo, vem sendo, acima de tudo, de muita personalidade, e essa personalidade".
CONFORTO
Questionado sobre o conforto que sente em atuar na lateral esquerda, Bryan garantiu que gosta de jogar na posição. "Eu me sinto muito feliz quanto ao momento que a gente está vivendo e me sinto confortável. Desde o ano passado, na Série B, eu fiz essa posição na lateral esquerda, e sempre deixei bem claro que eu estou aqui para ajudar e me sinto muito confortável. Eu não vejo problema algum. Quero continuar jogando bem e dando o meu melhor", afirmou, em entrevista coletiva.
DP
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