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quinta-feira, 3 de junho de 2021

CORONAVÍRUS

Secretário de Saúde de Pernambuco critica falta de apoio do Ministério da Saúde

André Longo, secretario de Saúde de Pernambuco - Foto: Ivisom Gambarra/SEI


Enfrentando uma nova aceleração de casos, a gestão estadual pediu suporte à pasta nacional



Em entrevista concedida de forma remota, nesta quarta-feira (2), o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, cobrou medidas práticas do Ministério da Saúde para ajudar no Estado, que enfrenta um momento delicado com o aumento de novos casos da Covid-19, sobretudo em municípios do Interior. 

Na última semana, Longo disse haver a suspeita de que uma nova variante do coronavírus Sars-CoV-2 possa estar ligada ao cenário de nova aceleração na transmissão. 

Por isso, em reunião com o Ministério da Saúde, solicitou ajuda para acelerar o sequenciamento genético de amostras coletadas em pacientes do Agreste pernambucano. 

Também foram pedidos ao Ministério da Saúde, segundo o titular da SES-PE, 200 mil testes de antígeno, que identificam o vírus ativo e têm maior rapidez no resultado do que os testes do tipo RT-PCR. 

Por conta do aumento no número de pacientes com quadros graves, também está havendo uma dificuldade maior com relação ao suprimento de oxigênio, tendo sido solicitado 500 concentrados de oxigênio e mil cilindros do gás. 

Segundo Longo, o ministro Marcelo Queiroga esteve no Estado recentemente para prestar solidariedade à gestão local. No entanto, criticou a falta de ações práticas que, de fato, ajudem no enfrentamento desta fase. 

"Pedimos o envio de 500 concentradores de oxigênio. Temos o anúncio (do envio) de 148, dos quais só chegaram nove para Caruaru. Os demais estão vindo po vias terrestres, com previsão de chegar entre os dias 6 e 10. Pedimos mil cilindros de oxigênio, mas ainda não temos resposta sobre isso”, disse Longo, revelando que também não houve resposta positiva ao pedido dos testes de antígeno. 

"Precisamos ampliar a nossa capacidade de testagem para realizar bloqueios, como aconteceu em outros estados que tiveram variantes detectadas. Foram 600 mil testes de antígeno enviados para o Maranhão (na ocasião do surgimento da variante P.1). Para Pernambuco, estão previstos 84 mil testes”, destacou. 

"O ministro da saúde esteve aqui, mas, infelizmente, não anunciou nada de muito concreto para ajudar a entender o que acontece no Agreste. A gente admira o gesto de solidariedade do ministro ter vindo, mas a gente precisa de medidas mais concertas para com a nossa população”, completou o secretario. 

Longo disse ainda que os laboratórios Aggeu Magalhães, ligado à Fiocruz Pernambuco, e Lika, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), estão colaborando com o sequenciamento genético para identificar a presença de possíveis novas variantes no interior do Estado. Além disso, a Prefeitura de Caruaru também anunciou uma parceria com a UFPE para atuar aumentar a força-tarefa nessa área. 

"Se encontrarmos uma nova variante, Pernambuco deve ter um tratamento por parte do Ministério da Saúde pelo menos igual ao realizado em outros estados. Pedimos a vigilância gnômica, mas, até agora, não temos nada de concreto. A Fiocruz/PE está nos ajudando, então podemos considerar como um apoio do Ministério da Saúde. Mas, se comprovada a presença de uma nova variante, precisamos de mais vacinas. O Maranhão recebeu 300 mil doses de vacinas a mais do que o previsto”, disse. 

Por Irce Falcão


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