Entenda como a imprensa está manipulando sua percepção sobre o fim da Pandemia no Brasil
É só fazer uma simples busca no Google com as palavras “mortos por COVID” ou “mortos por COVID nas últimas 24h” para perceber que resultados assertivos serão raridade.
Na noite desta segunda-feira (7) o primeiro resultado do Google para buscas como as citadas acima é de uma matéria do Portal G1, publicada um dia antes. O título é: “Brasil registra média móvel de 1.629 mortes por Covid na última semana; total passa de 473,4 mil”.
Outra matéria de balanço, publicada no dia anterior, dessa vez da CNN, diz: “Brasil tem 873 mortes e 39.637 novas contaminações por Covid-19 nas últimas 24 h”.
Já o Portal Uol noticiou: “Brasil tem 866 mortes de covid em 24 h e se aproxima de 17 milhões de casos”.
Às 18h45, o Poder 360 atualizou os dados dessa segunda-feira e cravou: “Brasil confirma mais 1.010 mortes e 37.156 casos de covid-19 em 24 horas”.
Os teóricos da comunicação, se interessados em analisar as tendências e desserviços da Imprensa brasileira, diriam que diante da queda nos casos de óbitos, números em escalas maiores, como total geral se mortes e total de contaminações se tornaram a “bola da vez”. Os periódicos com os boletins diários também desapareceram das editoriais.
Essa narrativa tendenciosa gera impactos nos mercados internacionais e amplia a sensação de crise por parte da população, ainda que estejamos saindo do caos. Para Paul Slovic, especialista em percepção de risco, é um erro focar em números distorcidos e diminuir o fluxo de informações sobre como prevenir a doença, por exemplo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário