SANTA CRUZ - COBRANÇA NO CNRD

Diretoria do Santa Cruz leva os casos de Keno, Raniel e João Victor para a CNRD

Números das vendas passam de R$ 5 milhões (Foto: Ricardo Fernandes/DP Foto; Divulgação/SCFC )

Santa Cruz ajuizou na CNRD o São José-RS, Cruzeiro e Vitória pelas dívidas envolvendo Keno, Raniel e João Victor, respectivamente

A diretoria do Santa Cruz notificou na Câmara Nacional da Resolução de Disputas (CNRD) o São José-RS, Cruzeiro e o Vitória com relação aos débitos envolvendo as transferências dos jogadores Keno, Raniel e João Victor, respectivamente. O Tricolor levou os casos ao órgão e cobra um total de R$ 5,8 milhões pelas negociações. Este valor já está atualizado com os juros e correção monetária. 

O Santa Cruz cobra o Vitória R$ 700 mil das parcelas envolvendo a venda do zagueiro João Victor, em 2019. Já o valor de R$ 1,2 milhão cobrado do São José-RS é referente a venda de Keno ao Palmeiras, já que o Tricolor tinha uma taxa de vitrine estipulada no contrato do atacante. Por fim, o time coral ainda tem a receber do Cruzeiro cerca de R$ 3,9 milhões dos 30% dos direitos do atacante Raniel, vendido em 2017. Na época, esse valor era de R$ 2 milhões.

Todos esses números e a possibilidade de levar os casos para a CNRD foram debatidos na reunião do Conselho Deliberativo do Santa Cruz no início do mês passado. Sem nenhuma resposta dos clubes envolvidos com relação ao pagamento das dívidas, o presidente Joaquim Bezerra resolveu dar seguimento a cobrança. “Estão ajuizados. Agora vai depender do andamento do processo na CNRD”, disse.

De acordo com o presidente do Santa Cruz, apesar de ter notificado o São José-RS, Cruzeiro e o Vitória, não existe um prazo ou até mesmo uma negociação em vigor para quitar os débitos. O processo agora cabe a Câmara Nacional da Resolução de Disputas, que pode punir os clubes pelo descumprimento.

CNRD

Dentre as possíveis punições impostas pela CNRD, está a proibição de regularização e contratação de jogadores. Além disso, os clubes podem perder pontos em competições nacionais, como aconteceu com o próprio Cruzeiro no ano passado, quando iniciou o Campeonato Brasileiro com menos seis pontos em disputa por conta de outras dívidas.

DP