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quarta-feira, 16 de junho de 2021

SPORT - TAMBÉM RENUNCIOU

Criticando o partidarismo na Ilha, ex-vice-presidente do Sport divulga carta de renúncia; Confira na íntegra

Carlos foi o presidente em exercício do clube por cinco meses, entre 2020 e 2021 (Foto: Anderson Stevens/Sport)



"Renunciei por um motivo apenas: fui eleito para ser vice do presidente Milton Bivar", declarou Carlos Frederico, atráves do documento


Em mais um capítulo da conturbada crise política na Ilha do Retiro, o agora ex-vice-presidente do Leão Carlos Frederico, renunciou ao cargo na noite da última quarta-feira (15). A decisão seguiu os passos de Milton Bivar, que apresentou o seu afastamento ainda na segunda-feira, e assim como ex-presidente, Carlos escreveu uma carta à imprensa, esclarecendo os motivos de sua escolha.

O Conselho Deliberativo do Leão convocou uma reunião para esta quarta-feira (16), às 19h, a fim de eleger um novo presidente, responsável por conduzir o processo do novo pleito eleitoral. Segundo o Estatuto, este novo processo eleitoral deve acontecer até o dia 30 de junho.

CONFIRA CARTA NA ÍNTEGRA
 
"Me causa certa estranheza esse clima gerado pela minha renúncia e os possíveis desdobramentos dela no cenário político do Sport. Ressalto o termo "cenário político", porque é só isso que ando enxergando: Política pura e com tom partidário, fratricida e oportunista. 

Pessoas estão se aproveitando da boa fé de nosso torcedor, para incutir ideias deslocadas da realidade, aproveitando-se de bordões "democratas" que muitas vezes são usados por ditadores, em suas investidas contra a própria democracia. Me lembra um líder de governo, que prega que houve fraude em uma eleição recente, onde ele deveria ter ganho no primeiro turno, mas nunca apresentou uma prova sequer do que fala

Vivemos num país onde se criam narrativas para embalar pontos de vistas pessoais, de grupos, de acordo com a conveniência de cada um. A grande maioria das pessoas não se deu ao trabalho de ler o estatuto do Sport Club do Recife. Estatuto que está merecendo há tempos uma reforma, para acompanhar as exigências dos tempos atuais. Perdemos a oportunidade, quando ao invés de nos preocuparmos em conceder remuneração ao presidente e vice-presidentes, esquecemos de tornar mais explícitas as regras que ordenam o clube em momentos como este que estamos vivendo. 

Sou um legalista. Obedeço e obedecerei às leis, mesmo quando não concordar com elas. 
Permitir leituras interpretativas da lei ou que se aproveitem da mesma, para atender objetivos pessoais, é casuísmo. 

Renunciei por um motivo apenas: fui eleito para ser vice do presidente Milton Bivar. Se esse manifestou o desejo de não o ser mais, é natural que eu também renuncie. Acrescente a isso o fato de que poucos se atentam de que a vacância do presidente, ensejaria uma eleição apenas para o cargo de presidente. O Conselho eleito legitimamente, permaneceria o mesmo. O vice-presidente também. Seria eu o vice do novo escolhido? Claro que não, ao renunciar em seguida, deixaria esse novo escolhido privado da possibilidade de ter sido acompanhado por um vice de sua confiança.
 
Abri assim mão de meu cargo, para que o novo presidente possa escolher o seu vice de confiança. E possa continuar o trabalho que iniciamos. 
 
Luto e lutarei sempre pela união do clube. Espero que cheguemos a um nome de consenso, que esteja muito acima dessa luta fratricida que vemos hoje, levada a cabo por um grupo que só pensa no poder. Mesmo que seja com um vice indesejável e um Conselho 100% de oposição. Vale o poder pelo poder apenas? 

Espero que nosso Conselho Deliberativo saiba conduzir com competência, e à luz de nosso regimento maior, o Estatuto, o momento atual, conduzindo a sucessão para uma solução pacificadora de nosso Clube".

DP


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