Mayra Pinheiro entra com petição no STF contra a CPI da Covid
Dados pessoais da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde, Mayra Pinheiro, foram vazados por membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. Embora tenha participado da CPI na condição de convidada, a médica teve seu sigilo telefônico e telemático quebrado — ou seja, os senadores têm nas mãos telefonemas, mensagens e e-mails privados da médica.
Para obterem as informações, os parlamentares precisaram de autorização do Supremo Tribunal Federal (STF). A mais alta Corte brasileira permitiu a quebra de sigilo de Mayra Pinheiro, mas determinou que a confidencialidade dos dados fosse mantida. Após os políticos entrarem em recesso, no entanto, as informações privadas da ex-secretária, incluindo um documento de identidade, com número oficial de registro, foram vazadas.
“O documento assinado pelo ministro Ricardo Lewandowski proíbe que qualquer e-mail ou documento sigiloso seja divulgado antes do término da CPI”, afirmou Mayra Pinheiro. “O que os senadores estão fazendo é divulgar e-mails privados, com dados pessoais. Isso é um crime! É descumprimento de uma medida cautelar que foi dada a mim enquanto depoente. Além disso, divulgaram informações falsas.”
A secretária anunciou que entrará com petição no STF contra a CPI da Covid.
Conversas com o governo português
Mayra Pinheiro esteve no consulado de Portugal para conversar com integrantes do governo. Na condição de cidadã portuguesa, ofereceu ajuda ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para combater a covid-19. “Coloco-me à disposição para contribuir com o compartilhamento de nossa experiência em atendimento precoce no enfrentamento da doença”, escreveu.
Edilson Salgueiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário