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quinta-feira, 8 de julho de 2021

CPI DA PALHAÇADA

CPI: Roberto Ferreira Dias paga fiança de R$ 1,1 mil e é liberado

Roberto Ferreira Dias durante depoimento à CPI da Covid Foto: Agência Senado/Edilson Rodrigues


Ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde havia sido preso por decisão do presidente da CPI da Covid, Omar Aziz



O ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, que estava preso por determinação do presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), sob acusação de mentir ao colegiado, foi liberado na noite de quarta-feira (7) das dependências da Polícia Legislativa após pagar fiança de R$ 1,1 mil.

Ferreira Dias prestou mais de sete horas de depoimento à comissão, em fala que iniciou ainda na manhã de quarta. Entretanto, por volta das 18h, ele foi preso acusado por Aziz de mentir e cometer perjúrio, que é descrito na lei brasileira como “fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral”.

Cerca de cinco horas após ser detido, o ex-diretor deixou a sede da Polícia Legislativa do Senado às 23h11, acompanhado pela advogada em um carro preto. De acordo com o portal G1, Dias ficou em uma sala com mesa, cadeira, café e estava sempre acompanhado da advogada. Ele recebeu a visita dos senadores Marcos Rogério (DEM-RO) e Marcos do Val (Podemos-ES).

No local, o ex-diretor prestou depoimento sobre as falas supostamente falsas que deu durante a participação na CPI. O relatório do depoimento foi encaminhado ao Ministério Público. Ele foi detido com base em um artigo da lei de 1952, que trata das comissões parlamentares de inquérito. O artigo diz que constitui crime “fazer afirmação falsa” perante a CPI.

Após a prisão, senadores da base do governo chegaram a apresentar questões de ordem ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), com o objetivo de tentar reverter a decisão de Omar Aziz. Pacheco, porém, afirmou que não cabia a ele decidir sobre isso.

Antes de ser preso, Dias negou, durante o depoimento, ter cobrado propina em negociação para aquisição da vacina AstraZeneca, conforme foi denunciado pelo policial militar Luiz Paulo Dominghetti, e disse que não fez pressão para que a vacina indiana Covaxin fosse liberada.


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