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sábado, 17 de julho de 2021

ENERGIA LIMPA

 Revolução no Nordeste

A crise nacional e agora a internação do presidente Bolsonaro desviaram a atenção da mídia brasileira para uma revolução que vem ocorrendo no semiárido nordestino em termos de renovação da energia limpa: a instalação das usinas solares Brígida, Bom Nome e Belmonte, no município de São José do Belmonte, no Alto Sertão pernambucano, a 428 km do Recife.

O complexo foi inaugurado na semana passada pelos ministros Bento Albuquerque, de Minas e Energia, e Gilson Machado Neto, de Turismo. O presidente queria ir, mas um evento no Rio Grande do Sul impediu a presença dele, mas o que vale, na verdade, é a magnitude do empreendimento num momento de baixos investimentos, provocado pela pandemia.

Com uma ocupação de 186,9 hectares, o complexo foi anunciado em abril de 2019 e pertence à empresa espanhola Solatio. As obras geraram 2,5 mil empregos diretos e indiretos e, juntas, as usinas possuem uma potência instalada de 810 MW, podendo abastecer cerca de 800 mil famílias. O conjunto, que já forma o maior parque solar do Brasil, deverá ser o maior da América Latina em geração solar, com cerca de R$ 3 bilhões em investimentos.

A espanhola Solatio tem sido a promotora das usinas com uma capacidade instalada de 810 MWp. A usina de Brígida adicionará 80 MW de potência ao Sistema Interligado Nacional (SIN); A usina de Bom Nome terá 130 MW e começará a operar em abril de 2022. A usina de Belmonte, que terá 600 MW de potência, está prevista para entrar em operação a partir do terceiro trimestre de 2022.

A Solatio, cuja sede na Espanha se chama Técnicos Consultores, chegou ao Brasil em 2009. É a maior empresa de projetos de energia solar fotovoltaica do Brasil, com 10 GW em andamento ou operando nos segmentos regulado, livre e de geração distribuída (GD). Entre 2021 e 2023, a Solatio planeja investir mais de 20 bilhões de reais em usinas solares fotovoltaicas somente em Minas Gerais, além de realizar investimentos adicionais em projetos solares nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Pernambuco.

Grande aposta

O ministro Bento Albuquerque, de Minas e Energia, está apostando na expansão de energia renovável para a próxima década. Segundo ele, o que se observa é uma redução considerável da dependência de fontes de energia hidráulica. “Hoje ainda temos uma dependência e 61% da fonte hidráulica, mas a expectativa é que diminua para 49% nos próximos 10 anos. Nós notamos a expansão das energias renováveis. Em 2014, nós praticamente não tínhamos geração de energia solar e eólica no Brasil e, até 2030, a energia renovável deverá representar 25% da nossa matriz”, afirmou.

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