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sábado, 17 de julho de 2021

NEGANDO NEGOCIAÇÃO

Pazuello nega ter negociado compra de CoronaVac com intermediários

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello chega ao Senado. Foto: Jefferson Rudy/Ag. Senado


Ex-ministro afirma que vídeo no qual aparece com empresários após reunião sobre a vacina foi um encontro 'unicamente para cumprimentar os representantes da empresa'


O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello divulgou nota para negar ter negociado aquisição de doses da vacina CoronaVac com intermediários de uma empresa de Santa Catarina quando ainda comandava a pasta no governo Bolsonaro. Na nota de esclarecimento, enviada ao jornal Folha de S.Paulo, o genral disse que foi “até a sala unicamente para cumprimentar os representantes da empresa após o término da reunião”, explicou.

Nesta sexta, 16, a divulgação de um vídeo obtido pela CPI da Pandemia e revelado pelo jornal Folha de S.Paulo mostra o ministro em um encontro, em 11 de março, com representantes da empresa World Brands, que ofereceu 30 milhões de doses da vacina CoronaVac a um preço de US$ 28 por dose, o triplo do preço ofertado pelo Instituto Butantan.

No vídeo, Pazuello afirma: “Nós estamos aqui reunidos no Ministério da Saúde, recebendo uma comitiva liderada pelo John. Uma comitiva que veio tratar da possibilidade de nós comprarmos 30 milhões de doses, numa compra direta com o governo chinês. E já abre também uma nova possibilidade de termos mais doses e mais laboratórios. Vamos tratar na semana que vem. Mas saímos daqui hoje já com memorando de entendimento assinado e com o compromisso do ministério de celebrar, no mais curto prazo, o contrato”.

O ex-ministro explicou que o vídeo foi gravado após sugestão da assessoria de imprensa do Ministério da Saúde para publicação no futuro.

 “Após a gravação, os empresários se despediram e, ato contínuo foi informado que a proposta era completamente inidônea e não fidedigna. Imediatamente, determinei que não fosse elaborado o citado Memorando de Entendimentos, assim como que não fosse divulgado o vídeo realizado”, afirma trecho do documento.

Pazuello também diz que nenhuma carta de intenções ou memorando de entendimentos foram localizados no Ministério da Saúde e anexou à nota o e-mail enviado pela empresa a Brasília solicitando a reunião.


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