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quarta-feira, 21 de julho de 2021

OLIMPÍADAS DO JAPÃO

 JOGOS NA MADRUGADA

Com os Jogos Olímpicos acontecendo no Japão, ou seja, do outro lado do mundo, temos que nos adaptar aos horários matinais bastante comuns aos Zés Marmitas, que diariamente trocam cotoveladas nas portas dos metrôs e dos ônibus. Para nós, o exercício de acordar cedo foi apenas um impulso de curiosidade para ver a estréia da Seleção Brasileira de Futebol Feminino, na histórica edição pandêmica das Olimpíadas.

Nunca valorizei tanto o clichê "Ao Vivo", exposto na parte superior, do lado direito da tela da televisão. Coisa de uma geração que acompanhou a chegada da luz elétrica vinda de Paulo Afonso, e a chegada dos primeiros aparelhos de televisão na sua cidade, no início da década de 60, no século passado.

Um repórter que fez suas primeiras matérias nas antigas máquinas Remington ou Facit, e utilizou telex, chega à era dos Smartphones valorizando filigranas. É diferente dos jovens que já nasceram com um iphone nas mãos. 

Ser testemunha da história tem que ser ao vivo e a cores. Replay tem gosto de café requentado. A emoção está no ineditismo, ficar pressupondo o que pode vir acontecer. E se existe uma coisa difícil de prever é a busca dos atletas pela superação. 

Oficialmente os Jogos de Tóquio, que acontecem com um ano de atraso por conta da pandemia do COVID-19, serão abertos na sexta-feira, mas em algumas modalidades esportivas as disputas já foram iniciadas. A cada edição, novas modalidades são adicionadas, fato que dificulta o fechamento de uma agenda no espaço de trinta dias. 

Bom! Valeu a pena madrugar. As meninas do futebol brasileiro não tomaram conhecimento da China e aplicaram uma goleada de 5x0. Chutaram o nervosismo da estréia e ganharam moral para o próximo jogo, sábado, contra a Holanda. O futebol feminino tem evoluído bastante, mas continuo com aquela sensação de que é preciso preencher melhor os espaços do campo. Aliás, neste sentido o time brasileiro melhorou muito. Barbara, que iniciou sua carreira defendendo o Sport, segue como titular do gol brasileiro. Achei que ela estava acima do peso, mas para apagar meu pensamento maldoso, ela fez uma defesa espetacular, de mão trocada, num chute de longa distância. Se impôs com eficiência e qualidade, calando os analistas maldosos.

Confesso que estou muito curioso em relação a esta edição dos Jogos Olímpicos. Um ano representa uma eternidade para um atleta de alto rendimento que já atingiu a casa dos 30 anos. É gratificante ver a turma mais experiente buscando novas marcas, assim como o surgimento de fenômenos que, ao baterem novos recordes provam que os limites estão sempre abertos.

Não sabemos quais os efeitos da ausência de público nos estádios e nas arenas, até onde isto irá impactar no rendimento dos atletas, principalmente nas provas individuais. A impressão que temos, ao assistirmos as disputas olímpicas, é que aquela fração de tempo, e de força, necessária para cravar um novo recorde, vem de um sopro da arquibancada.

Se por um lado, os estádios e as arenas de Tóquio estão silenciosas, sem público, nas casas de games eletrônicos deve ser o maior frisson. Afinal, estamos falando da meca dos Geeks. 

Estou ansioso para ver a cerimônia de abertura. Naruto e companhia devem vir por aí.


CLAUDEMIR GOMES

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