SANTA CRUZ - CRISE ESTABELECIDA

'Quem tem medo de jogar não pode ganhar', diz Roberto Fernandes sobre falta de confiança dos jogadores do Santa Cruz

Roberto Fernandes se desculpou por derrota. (Foto: Rafael Melo/Santa Cruz)

O treinador Tricolor destacou a preocupação com o abatimento dos atletas no vestiário por sequência de resultados ruins na temporada

A derrota para a Tombense pelo placar de 1 a 0 deixou evidente a falta de confiança dos jogadores do Santa Cruz dentro de campo. A situação ficou ainda mais clara quando a equipe tricolor teve uma superioridade na quantidade de jogadores por 39 minutos e ainda assim não conseguiu ser efetivo.

Antes da partida começar, torcedores foram até aos arredores do Arruda para protestar e cobrar melhores resultados para a equipe e melhorar a situação na tabela de classificação, onde o Santa Cruz hoje é o lanterna do Grupo A, com apenas três pontos conquistados e nenhuma vitória. Aliás, o Santa não vence uma partida há 80 dias.

Em entrevista coletiva, Roberto Fernandes afirma que entende a cobrança dos torcedores, mas enfatiza a necessidade de nesse momento passar confiança para os jogadores que estão com um semblante de abatimento no vestiário.

“A única coisa que eu não sou a favor é da violência. Mas o torcedor protestar pela temporada, não é pela Série C, é pela temporada, eu acho que nós chegamos a 33 ou 34 jogos, o Santa Cruz tem seis ou sete vitórias nesses jogos. Quem vem para o Santa Cruz tem que conhecer a grandeza desse clube, tem que saber onde tá. Por outro lado, o torcedor pode ter certeza que esse grupo não adianta mais pressão. Porque os caras estão sem confiança e se jogar ameaçado, aí que não vai jogar mesmo”, disse Roberto Fernandes.

“É muito bom querer jogar em time grande, mas é bom saber que time grande tem cobrança. E cobrança neste momento não vai ajudar em nada nesse momento para esse grupo. Por conta do clima do vestiário. Não só hoje, mas também no jogo contra o Altos. É um vestiário preocupante. Porque você perde esse jogo, perdeu contra o Altos e você vê pouca reação dos atletas em termos de força para rever o quadro. É um elenco que tá abatido, é jogador chorando, você no semblante. É um fardo muito grande”, afirmou.

“É óbvio que a cobrança tem que existir, com equilíbrio, mas o que a gente precisa é passar confiança, tranquilidade, para que eles possam ir para o  jogo e ter a coragem e ousadia de jogar futebol. Porque se for para dentro de campo jogar, quem tem medo de jogar não pode ganhar”, encerrou.

DP