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sábado, 3 de julho de 2021

VACINAÇÃO EM PERNAMBUCO

Recife e outros municípios negam ter aplicado doses vencidas da AstraZeneca

Vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford                                                                                                                                      - Foto: Indranil Mukherjee/AFP


As prefeituras do Recife e de outras cidades pernambucanas, como Ipojuca e Garanhuns - citadas no levantamento da Folha de S. Paulo como as que aplicaram as maiores quantidades de doses vencidas da vacina da AstraZeneca em Pernambuco -, negaram, nesta sexta-feira (2), qualquer atraso nas aplicações dos lotes.

As gestões atribuem dados da reportagem a um erro no sistema de informações do Ministério da Saúde.

Por meio de nota oficial, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) do Recife afirmou que nenhuma dose de vacina contra a Covid-19 foi aplicada fora do prazo de validade na Capital pernambucana. De acordo com o levantamento da Folha de S. Paulo, a cidade aplicou duas doses do lote 4120Z005, que venceu no dia 14 de abril, com atraso, nas policlínicas Gouveia de Barros e Albert Sabin.

A nota divulgada pela Sesau informa que as últimas doses do lote foram ministradas no dia 25 de fevereiro, portanto, antes do prazo de vencimento. O texto acrescenta que a informação da reportagem vem de um erro, "já corrigido", durante o registro de duas doses pelo Ministério da Saúde.

Ipojuca e Garanhuns
Citada na matéria como a cidade que mais aplicou doses vencidas em Pernambuco, com 279 aplicações atrasadas no Serviço de Pronto-Atendimento Santo Cristo, no Centro, a gestão de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife, se manifestou também negando a informação. Por meio de nota, a prefeitura disse ter identificado um erro de digitação no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (PNI).

"Portanto, aos ipojucanos, a Prefeitura esclarece que todas as doses no município foram aplicadas dentro do prazo de validade. Lamentamos qualquer tipo de informação sem a checagem da informação prévia", afirmou o texto.

No Agreste, a Secretaria de Saúde de Garanhuns, que, segundo a publicação, aplicou 110 doses dos lotes 4120Z005 e 4120Z025, informou também ter identificado erro no preenchimento das planilhas do Ministério.

De acordo com a pasta, o lote 4120Z005 foi recebido em 27 de janeiro, com 1130 vacinas válidas até o dia 14 de abril de 2021, aplicadas até o dia 5 de fevereiro, enquanto o 4120Z025 foi entregue em 4 de março, com 110 vacinas válidas até 4 de junho, e as aplicações foram feitas até o dia 10 de março.

"Constatado o equívoco na digitação, a equipe da Secretaria está trabalhando para corrigir os dados no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações", afirma a nota.

Bezerros e Jaboatão
Outra prefeitura que cita erro no sistema do Governo Federal é a de Bezerros, no Agreste. Segundo a matéria, a cidade aplicou uma dose do lote 4120Z005. Em nota oficial, a gestão do município diz ter recebido 600 doses desse lote, que foram aplicadas entre os dias 28 de janeiro e 1º de março, antes, portanto, do prazo de vencimento, em 14 de abril.

"A dose do imunizante, supostamente aplicada fora do prazo de validade, trata-se, na verdade, de um erro de informação no sistema do Ministério da Saúde. O erro já foi corrigido", finaliza o texto.

Na noite desta sexta-feira (2), a prefeitura de Jaboatão, mencionada no levantamento por ter aplicado 13 doses do lote que vencia no dia 14 de abril, na sede da Secretaria Municipal de Saúde, informou que todas elas foram usadas entre os dias 26 de janeiro e 8 de fevereiro.

Por Artur Ferraz

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