SANTA CRUZ - A CRISE VAI AUMENTAR

Rebaixado para a Série D, Santa Cruz já tem toda a temporada de 2022 comprometida

Próximo ano promete ser de mais dificuldades para o Santa (Foto: Rafael Vieira/Esp. DP Foto)

Com problemas financeiros, Santa Cruz vai disputar a quinta temporada consecutiva sem cota de televisionamento no Campeonato Brasileiro

Em março deste ano, ainda no alvorecer da temporada, o presidente do Santa Cruz, Joaquim Bezerra, ao esclarecer as rescisões com os atletas Paulinho e Didira, estabeleceu a premissa de que quem não ‘produzisse’, automaticamente estaria fora do projeto coral. Passaram-se, desde então, seis meses, 32 partidas e o Tricolor do Arruda conquistou apenas 23% dos pontos disputados - o descenso coral passou, necessariamente, pelo equivocado planejamento esboçado. 

O desastre anunciado no princípio da temporada, porém, revelará suas mais cruéis consequências no insólito ano de 2022 - que começará a ser traçado no trágico 2021. Afinal, em outubro, o Santa Cruz debuta na disputa da fase preliminar da Copa do Nordeste: em jogo, a possível e única fonte de renda farta do clube no próximo ano.  

Isso porque as cotas da Série D do Campeonato Brasileiro e do Campeonato Pernambucano são irrisórias para uma agremiação da magnitude do Santa Cruz. Para quem pautava, no começo do ano, um possível acesso à Série B para atenuar o déficit dos cofres do clube, o enxuto montante que os tricolores receberão advindos de torneios é o cenário mais catastrófico possível.

Além disso, a participação coral na Copa do Brasil, que concede premiações milionárias aos concorrentes, beira a fantasia: para a Cobra se classificar ao torneio, os rivais Sport e Náutico deveriam, respectivamente, conquistar uma vaga na Copa Libertadores e o título da Série B do Campeonato Brasileiro.

Embora possa, após meses com as arquibancadas do Arruda gélidas, contar com a presença - e renda - do torcedor, a temporada de 2022 promete vacas magras para o clube que estabeleceu a austeridade como principal premissa.

DP