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quinta-feira, 18 de novembro de 2021

FILIAÇÃO DE BOLSONARO

 PL recua e filia Bolsonaro

O que parecia ter se transformado numa travessia que havia virado letra morta, diante do tom agressivo veiculado na mídia como resultado de um bate-boca entre Bolsonaro e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, para que começa a tomar outros caminhos navegáveis. Chega a notícia de Brasília de que o diretório do Partido Liberal decidiu, por unanimidade, dar “carta branca” a Costa Neto para negociar diretamente com o presidente da República as indicações para candidaturas nos Estados em 2022.

Esse era o principal entrave que barrava a filiação do chefe do Executivo. Presidentes regionais do partido afirmam que as divergências serão discutidas individualmente, mas que “dificilmente” o partido se coligará a siglas adversárias de Bolsonaro no pleito do próximo ano. A bola agora está com o presidente da República, e a data de filiação segue em aberto.

Valdemar terá a missão de, por exemplo, tentar encontrar um novo nome que agrade a Bolsonaro em São Paulo–como o do ministro Tarcísio Freitas– ou apoiar outra coligação. A possibilidade do “BolsoGarcia” fica mais remota. No Piauí – onde o deputado estadual e presidente do PL no Estado, Fábio Xavier, foi secretário das Cidades na gestão do petista e é próximo do governador – a mesma situação.

Aliados de Wellington Dias (PT-PI) estão irritados com o aceno do PL a Bolsonaro. Com isso, Dias deve esperar a poeira abaixar e só em janeiro concentrará esforços para negociar alianças. A decisão se deu em reunião organizada por Valdemar com presidentes regionais ou representantes das 27 Unidades da Federação em Brasília.

Os senadores Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina, e Wellington Fagundes (PL), do Mato Grosso, foram escalados na reunião para conversar com jornalistas. Os dois são presidentes regionais do partido em seus estados e apoiadores de Bolsonaro. Nenhum presidente regional ligado à esquerda falou em nome do partido.

Jorginho Mello afirmou que o PL acatou de forma unânime a filiação do presidente Jair Bolsonaro à sigla. “O partido está dando ao presidente Valdemar carta branca para acertar com o presidente Bolsonaro todas as arestas de possibilidades em qualquer canto do Brasil”, declarou. “O partido entrega procuração ao presidente Valdemar para que ele trate com o presidente Bolsonaro. Todo mundo vai receber o presidente de braços abertos”, completou.

Adversidade em Jaboatão 

No caso do PL em Pernambuco, o quadro, hoje, não é favorável a ele. Presidente da legenda, o prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira, tem acordo fechado com a pré-candidata tucana ao Governo, Raquel Lyra, pelo qual um abre para outro. Como se sabe, a prefeita de Caruaru é do PSDB e está trabalhando para o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, vencer as prévias presidenciais no próximo domingo. Estando alinhada a Leite, Raquel tende a levar Anderson para o palanque tucano. Se isso ocorrer, o prefeito perde o controle da legenda, conforme carta branca que o diretório nacional deu a Valdemar.

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