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quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

FALCATRUAS NAS OBRAS DO CASTELÃO

PF cumpre mandados de busca e apreensão contra Cid e Ciro Gomes


A Polícia Federal iniciou nesta quarta-feira (15) uma operação para desmontar um esquema de pagamentos, fraudes e exigências de propinas a agentes políticos e servidores públicos decorrentes de procedimentos de licitação para obras entre os anos de 2010 e 2013 no estádio Castelão, em Fortaleza, para a Copa do Mundo de 2014. Dentre os alvos estão nomes como o presidenciável do PDT, Ciro Gomes, e seu irmão e ex-governador do Ceará e senador, Cid Gomes. 
 Com o objetivo de apreender mídias digitais, aparelhos celulares e documentos, a operação denominada de “Colosseum”, conta com cerca de 80 policiais federal que cumprem os 14 mandatos de busca e apreensão expedidos pela 32° Vara da Justiça Federal, em domicílios investigados nas cidades de Fortaleza (CE), Meruoca  (CE), Juazeiro do Norte (CE), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e São Luís (MA). 
 
De acordo com a Polícia Federal, cerca de R$ 11 milhões são apontados como indícios de pagamentos e propinas diretamente em dinheiro ou doações eleitorais disfarçadas com emissões de notas fiscais fraudulentas por empresas fantasmas.
 
Segundo informações do  Antagonista, Veja, Folha de S. Paulo e O Povo, as investigações iniciaram em 2017, quando foi identificado possível esquema criminoso envolvendo pagamentos de propinas. Também, o valor seria revertido para que uma empresa obtivesse êxito no processo licitatório da Arena Castelão e, em seguida, durante a fase da execução contratual, recebesse valores devidos pelo Governo do Estado do Ceará ao longo da obra de ampliação, adequação, operação e manutenção do estádio. 
 
As investigações continuam com análise do material apreendido na operação policial e do fluxo financeiro dos suspeitos. Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de lavagem de dinheiro, fraudes em licitações, associação criminosa, corrupção ativa e passiva - art. 1º da lei 9.613/98; 89 e 90 da lei 8.666/93 e artigos 288, 317 e 333 do Código Penal. O nome da operação remete em italiano ao estádio Coliseu, localizado em Roma - Itália.

Ciro Gomes usou suas redes socais para se manifestar: 
 
"Até esta manhã eu imaginava que vivíamos, mesmo com todas as imperfeições, em um pais democrático. Mas depois da Policia Federal subordinada a Bolsonaro, com ordem judicial abusiva de busca e apreensão, ter vindo à minha casa, não tenho mais dúvida de que Bolsonaro transformou o Brasil num Estado Policial que se oculta sob falsa capa de legalidade. O pretexto era de recolher supostas provas de um suposto esquema de favorecimento a uma empresa na licitação das obras do Estádio do Castelão para a Copa do Mundo de 2014. Chega a ser pitoresco. O Brasil todo sabe que o Castelão foi o estádio da Copa com maior concorrência, o primeiro a ser entregue e o mais barato construído para Copas do Mundo desde 2002. Ou seja, foi o estádio mais econômico e transparente já feito para a Copa do Mundo. Mas não é isso. E sejamos claros. Não tenho nenhuma ligação com os supostos fatos apurados. Não exerci nenhum cargo público relacionado com eles. Nunca mantive nenhum tipo de contato com os delatores. O que, aliás, o próprio delator reconhece quando diz que nunca me encontrou.

Tenho 40 anos de vida pública e nunca fui acusado nem processado por corrupção. Não tenho dúvida de que esta ação tão tardia e despropositada tem o objetivo claro de tentar criar danos à minha pré-candidatura à Presidência da República. Da mesma forma tentaram 15 dias antes do primeiro turno da eleição de 2018.
O braço do Estado policialesco de Bolsonaro, que trata opositores como inimigos a serem destruídos fisicamente, levanta-se novamente contra mim.

Não tenho dúvida de que esta ação tão tardia e despropositada tem o objetivo claro de tentar me intimidar e deter as denúncias que faço todo dia contra esse governo que está dilapidando nosso patrimônio público com esquemas de corrupção de escala inédita.
 
Nuca me senti um cidadão acima da lei, mas não posso aceitar passivamente ser tratado como um subcidadão abaixo da lei. 
Sou um homem do embate, do combate e do Direito. Essa história não ficará assim. Vou até as últimas consequências legais para processar aqueles que tentam me atacar. Meus inimigos nunca me intimidaram e nunca me intimidarão. Ninguém vai calar a minha voz."

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