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quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

NÁUTICO - 2021 DE ALTOS E BAIXOS

Retrospectiva: Náutico se salva do rebaixamento, conquista título, mas deixa o acesso escapar

Timbu viveu alguns altos e baixos durante temporada (Foto: Paulo Paiva/DP Foto)



Após iniciar 2021 se salvando do Z4 da Série B de 2020, que terminou em janeiro deste ano devido ao Covid-19, clube quebrou um longo tabu no Pernambucano; oscilação na Série B foi determinante


O ano de 2021 começou a todo vapor para o Náutico. Com algumas partidas da Série B de 2020 sendo disputadas em janeiro, o time conseguiu se salvar do rebaixamento apenas na penúltima rodada. A chegada do técnico Hélio dos Anjos foi fundamental para a permanência. Com a comissão técnica e o treinador mantidos para a temporada deste ano, o Timbu quebrou um tabu de 53 anos sem vencer o Sport em finais de Campeonatos Pernambucanos e conquistou seu 23ª título do estadual com certa superioridade.

Sem disputar Copa do Nordeste e Copa do Brasil, o clube focou totalmente no estadual para ser campeão e iniciar a temporada de uma maneira diferente da passada. Com apenas uma derrota, quando já estava classificado para a próxima fase, o Náutico teve atuações impecáveis na competição, passando pelos adversários dentro e fora de casa. Foram várias goleadas, demonstrando um ataque avassalador e uma defesa sólida. A liderança na primeira fase foi alcançada de maneira bem precoce.

Com o capitão Kieza sendo destaque marcando vários gols, a equipe foi para a semifinal contra o Santa Cruz com amplo favoritismo. A mudança de mando de campo dos Aflitos para a Arena de Pernambuco não abalou os alvirrubros, que abriram dois a zero em cima dos Tricolores e tomaram um gol no final da partida, sem ter tempo de uma surpresa. Àquela altura, a espinha dorsal do time chamava atenção de muita gente. Wagner Leonardo, Bryan, Rhaldney, Jean Carlos, Erick e Kieza eram incontestáveis na competição. Hélio tinha conseguido implementar um padrão tático muito intenso e ofensivo.

Nas finais contra o Sport, um tabu de 53 anos sem vencer o rival em finais de Pernambucano estava em jogo. O Leão, na Série A do Brasileiro, tinha mais condições financeiras, mas o Timbu vinha embalado pelas suas atuações e partiu para cima do adversário. Com empates por 1 a 1 nos dois jogos da decisão, o título foi decidido nas cobranças de pênaltis no estádio dos Aflitos. O K9, artilheiro do estadual e que já tinha feito dois gols na semi e um gol na final, marcou o gol que deu a taça ao Timbu.

“Timbatível” e oscilação no Brasileiro

Com a chegada de outra Série B, a diretoria conseguiu manter os destaques da equipe, como Jean Carlos, Kieza e Camutanga, mas perdeu o goleiro Anderson, que foi essencial na edição anterior. Com a última campanha aliada ao pouco poderio financeiro, o clube entrou na competição nacional sem muitas expectativas, sonhando com o acesso, mas ciente que disputaria uma das Séries B mais equilibradas dos últimos anos. Apesar disso, a evolução tática trazida por Hélio surpreendeu e o time ostentou a liderança do campeonato por várias rodadas, conquistando um recorde de 14 jogos de invencibilidade, ficando conhecido como “Timbatível”.

Após perder titulares imprescindíveis, como o zagueiro Wagner Leonardo e o atacante Erick, o Náutico perdeu pela primeira vez na Série B na 15ª rodada, para o Coritiba. Da rodada em diante, a equipe perdeu mais quatro jogos seguidos, fato que culminou na saída de Hélio dos Anjos. Para o lugar do comandante, Marcelo Chamusca foi contratado. A vitória diante do CSA, fora de casa, na estreia, reacendeu uma chama de esperança.

O que alguns pensavam que seria uma retomada, se transformou em mais uma sequência de derrotas. Chamusca não conseguiu dar liga ao Náutico, e viu seus comandados perderem os outros cinco confrontos em que esteve à frente do clube, deixando o Timbu no meio da tabela e com risco de entrar na zona de rebaixamento. Após o 2 a 1 sofrido para o Londrina, dentro de casa, a diretoria optou por demitir o treinador e voltar ao mercado.

Retorno de Hélio e continuação do sonho

Sem muitas opções viáveis no mercado e com total confiança do elenco, Hélio dos Anjos voltou ao clube para tentar aumentar o rendimento e sonhar novamente com o acesso à Série A. Logo na reestreia oficial, o Náutico jogou na Arena de Pernambuco, no retorno da torcida aos estádios em Pernambuco, mas o time foi derrotado por 3 a 1.

Depois de conquistar três vitórias consecutivas, o sonho de entrar no G4 rondou novamente o clube. O time acertou as chegadas do goleiro Anderson, do volante Matheus Jesus e do lateral-esquerdo Júnior Tavares, além de ter Caio Dantas 100% fisicamente, já que o atleta havia se machucado. Aliado a isso tudo, Vinícius e Jean Carlos desempenhavam um futebol de invejar e, mesmo com a oscilação da equipe durante o campeonato, permaneceram em alta, com belos números em gols e assistências.

O retorno de Hélio e os pontos conquistados chegaram tarde demais. A situação já era extremamente difícil e, após perder confrontos fora de casa para o Brusque e Brasil de Pelotas, o Náutico saiu de vez da briga e apenas cumpriu tabela até o empate diante do Cruzeiro, na 38ª rodada.

Náutico em 2021

Jogos: 57
Vitórias: 24
Empates: 17
Derrotas: 16 
Gols pró: 85
Gols contra: 71 
Saldo: 14
Aproveitamento: 42,10% 

Artilheiro: Kieza e Jean Carlos (14)
Principal garçom: Jean Carlos e Vinícius (14)
Quem mais jogou: Jean Carlos (52)
Mais cartões amarelos: Rhaldney (16)
Mais expulsões: Carlão, Camutanga e Hélio dos Anjos (2)

DP

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