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quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

ELEIÇÕES 2022

'Em princípio' o PSB não abre mão da cabeça de chapa, diz Paulo Câmara

Apesar de sua amizade com o senador Humberto Costa (PT), Paulo Câmara não vê o PSB abrindo mão da candidatura (Foto: Thalyta Tavares/Esp DP)


Em meio a indefinições sobre quem será o(a) candidato(a) da Frente Popular para disputar o Governo do Estado de Pernambuco, processo que se torna mais complexo ainda em meio às definições locais nos estados e com as dificuldades em torno da definição da Federação ao nível nacional, o atual governador de Pernambuco e vice-presidente nacional do PSB, Paulo Câmara, afirmou estar otimista quanto à formação de uma aliança nacional entre seu partido, o PT e outras siglas com o objetivo comum de eleger Lula para presidente da República. 
 
Localmente, um dos impasses é a resistência do ex-prefeito do Recife e atualmente secretário estadual, Geraldo Julio, que era visto como o nome natural para a disputa, mas há meses afirma que não quer concorrer ao governo. Embora afirme que não pode determinar uma data exata para divulgar o nome que representará o PSB e a Frente Popular na próxima eleição, há uma expectativa, alimentada por diversos membros da sigla, que a questão será resolvida ainda neste mês de janeiro de 2022. 

“Ele [Geraldo] sempre solicitou que esse debate não fosse avançado dada a sua intenção de não ser candidato a governador. Então a gente tem que respeitar essa posição. Ele é secretário de Desenvolvimento Econômico atualmente e tem nos ajudado no plano de retomada [da economia] e com certeza vai ajudar na construção das candidaturas”, disse o governador em entrevista à Folha de São Paulo. 

Paulo Câmara afirmou ainda que as discussões sobre o nome que representará seu grupo político (e sucessor) nas urnas será definido em diálogos travados nestas últimas semanas de janeiro. “É um processo de escuta, muita conversa, muita serenidade, um segmento de uma forma de governar que a gente quer manter em Pernambuco. Então vamos usar o tempo possível e necessário. A gente tem expectativa de resolução disso nas próximas semanas, mas vamos deixar as conversas fluírem mais”, disse o chefe do Executivo estadual. 

O perfil de pessoa ideal para enfrentar essa missão, segundo o governador afirmou à Folha de São Paulo, é “um gestor público, mas que seja da política”. “Temos que valorizar a política, mas precisamos também ter capacidade gerencial de fazer entregas em favor da população. Vamos buscar um nome que possa agregar em termos políticos, mas que também tenha condições de gerir uma máquina pública”, disse o gestor.

Local versus Nacional 

Na visão do atual governador, questões locais “não podem nunca ser impedidoras de uma ação maior que, no entendimento hoje, é estarmos muito unidos em favor do Brasil em torno da candidatura do presidente Lula”, que tem como objetivo maior impedir a reeleição de Bolsonaro. Contudo, há dificuldades em alguns estados - Pernambuco incluso.
 
De acordo com Câmara, atualmente há um entendimento majoritário no PSB sobre a importância de apoiar a candidatura do ex-presidente Lula em 2022, posição defendida pelo próprio Paulo, que relata se sentir muito otimista sobre a possibilidade concreta da articulação da aliança nacional. 

"Tenho um otimismo grande de que será possível fazer essa aliança no âmbito nacional e continuarmos discutindo questões locais. Mas as questões locais não podem nunca ser impedidoras de uma ação maior que, no entendimento hoje, é estarmos muito unidos em torno da candidatura do presidente Lula", afirma Câmara em entrevista já citada.

Entretanto, o diretório estadual do PT decidiu indicar o nome do senador Humberto Costa (PT-PE) ao páreo, sonhando também com Paulo Câmara no Senado Federal. Entretanto, Paulo afirma não somente que deseja terminar o mandato que lhe foi dado pelos pernambucanos, mas também que não vê, “em princípio”, a possibilidade do PSB abrir mão da cabeça de chapa. “O nosso desejo para 2022 é que o candidato ao Governo de Pernambuco seja do PSB”, disse o governador. 

Consórcio Nordeste
 
Durante sua participação na cerimônia em que tomou posse como presidente do Consórcio Nordeste na manhã desta terça-feira (18), o governador de Pernambuco destacou muito o sucesso da região no enfrentamento à Covid-19, além do desejo de buscar o cumprimento de metas acordadas, mas não cumpridas, em função da pandemia, destacando questões de preservação ambiental enquanto criticava a atuação do Governo Federal neste setor em especial. 

No que tange diretamente à política partidária, Câmara afirmou que 2022 é um ano “emblemático e promissor”, uma oportunidade para o Brasil entrar “em um novo ciclo político em que poderá superar o negacionismo, a falta de espírito público, a falta de empatia e ausência total de sensibilidade diante dos problemas sociais”, ampliados pela pandemia e por falta de compromisso do Governo Federal diante dos problemas coletivos. Para o governador, esse “postura antidemocrática e retrógrada do atual governo, associada ao caos econômico que o país vivencia” piorou os índices de pobreza num Brasil marcados por sucessivas crises.

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