Presidente do Santa Cruz critica PM, enxerga problema político e não abre mão do Arruda
Joaquim Bezerra (E) disse que se for preciso vai à Justiça (Foto: Rafael Vieira/DP Foto)
Jogo contra o Afogados, que seria a estreia do Santa Cruz no Estadual, neste domingo, foi adiado por problemas técnicos no Arruda
Depois do Santa Cruz ter a estreia no Campeonato Pernambucano adiada por problemas técnicos no Arruda, o presidente Joaquim Bezerra não poupou críticas à Polícia Militar e disse enxergar o caso como um problema político. O jogo contra o Afogados estava marcado para este domingo, mas um laudo do Batalhão de Choque determinou o adiamento pelo não cumprimento de algumas exigências. Ainda de acordo com o mandatário coral, caso as partes não entrem em um consenso, o clube vai levar o caso para as vias judiciais.
“Acho estranho que o Arruda, que comporta 60 mil pessoas, não tenha condições de receber um público de três mil. O Santa Cruz não pode ficar prejudicado por conta disso. Nós apresentamos tudo que era possível para que o estádio fosse liberado com público. O que não posso admitir é, primeiro, jogar sem torcida. E segundo transferir o jogo para uma casa que não é a nossa, a Arena. Vamos ter que brigar incessantemente para que os direitos dos torcedores sejam respeitados”, disse Joaquim.
O presidente do Santa Cruz fez questão de dizer que não vai abrir mão de jogar no Arruda com a presença da torcida. De acordo com ele, o Corpo de Bombeiros já havia liberado o estádio, mas com algumas restrições. No entanto, após uma nova vistoria, novas determinações foram impostas pela Polícia Militar. Joaquim Bezerra acredita que faltou boa vontade para que houvesse a liberação do jogo contra o Afogados, que ainda não tem uma nova data definida.
“É normal que um estádio construído há 50 anos não atenda a todas as regras de hoje. O Corpo de Bombeiros liberou o laudo com restrição. Esse laudo foi protocolado na PM. Quando a PM foi fazer a vistoria pela primeira vez, colocou que nós não tínhamos o laudo do Corpo de Bombeiros. E isso não é verdade. Uma segunda vistoria foi feita e saíram procurando todo tipo de defeito para reprovar as instalações. O que a gente entende é que faltou boa vontade para que houvesse a liberação”, acrescentou.
Tendo em vista o entrave, uma reunião está marcada para esta semana com a Polícia Militar. O Santa Cruz também está solicitando um encontro com o governo do estado para tentar resolver a situação. Apesar das críticas, o presidente Joaquim Bezerra revelou que enxerga um lado positivo sobre a possibilidade de realizar a partida em fevereiro. Isso porque o Arruda pode receber um público maior, caso a secretaria de saúde diminua as restrições sanitárias, válidas a princípio até o final de janeiro.
“Queria que o torcedor do Santa Cruz, o sócio, o conselheiro, é que ele entenda que essa medida de adiar o jogo é para o Santa Cruz não ser prejudicado. Porque se nós tivéssemos aceitado o jogo com portões fechados, isso iria se tornar uma prática. Se nós tivéssemos aceitado levar o jogo para a Arena de Pernambuco, isso também iria se tornar uma prática”, completou o mandatário coral.
DP
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