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quarta-feira, 16 de março de 2022

CASO TAMARINEIRA

Julgamento do motorista responsável por colisão na Tamarineira será retomado nesta quarta (16)

Julgamento de João Victor Ribeiro, motorista responsável pela colisão na Tamarineira                                                                                                                                                            - Foto: Ed Machado/Folha de Pernambuco


Para a decisão, faltam ainda os depoimentos de uma testemunha e do réu João Victor Ribeiro



O primeiro dia de julgamento de João Victor Ribeiro, réu no caso da colisão que resultou na morte de três pessoas no bairro da Tamarineira, no Recife, em 2017, terminou sem a conclusão de todos os depoimentos nesta terça-feira (15). Após a ouvida da terceira testemunha, concluída às 19h, a juíza Fernanda Moura de Carvalho finalizou a sessão de júri popular, que será retomada nessa quarta (16), às 9h.

Para a decisão, faltam ainda os depoimentos de mais uma testemunha e do réu, João Victor, além das alegações finais da defesa e da acusação.

A terceira e última testemunha ouvida nesta terça foi a advogada Emily Diniz, que atuou como "madrinha" de João Victor no grupo Narcóticos Anônimos. O réu chegou a se internar em duas ocasiões para se tratar da dependência química. Ao chegar, alegando a condição de sigilo que envolve a relação de amadrinhamento, ela pediu para que o depoimento fosse dado com o plenário vazio, o que foi negado pela juíza. 

A acusação também pediu que a testemunha fosse impossibilitada de depor por já ter representado João Victor no processo e trabalhar no escritório que o atende, mas o réu assentiu com a quebra do sigilo e a juíza permitiu a ouvida.

O depoimento teve vários momentos de tensão entre a testemunha, a defesa e a acusação. Questionada sobre os períodos de internamento e a relação do réu com as drogas, ela disse que, na segunda internação, o tratamento de João Victor foi interrompido pelos pais antes da alta e que ele continuou usando drogas depois de sair da clínica. "Ele era 'total flex'. Usava álcool, maconha e cocaína", afirmou.

Emily também falou que João Victor lhe pediu ajuda em várias situações, mas, à medida que a dependência de tornava mais forte, o contato era mais esporádico. "Durante o ano de 2017, houve poucos pedidos de ajuda porque ele estava no uso da substância", informou.
Ao fim da audiência, Miguel Arruda disse acreditar que a reação de João Victor durante o depoimento dele tenha sido “teatral”. “A condução dos advogados dele só nos leva a [achar] isso: que aquilo foi teatro. Ele teve quatro anos e três meses para fazer aquilo, e não fez. Se eu te perguntasse: ‘Foi teatro?’, não posso julgar, mas tenho cada vez mais convicção de que foi, sim. A gente vê que não foi uma coisa natural, foi fora do contexto. Estava ali há mais de hora, sentado de cabeça baixa”, comentou.

Por Artur Ferraz

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