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terça-feira, 22 de março de 2022

CONVERSA COM O EX-PRESIDIÁRIO

 Lula não será a Diana

A pergunta da ordem do dia após o encontro, ontem, em São Paulo, entre o ex-presidente Lula e a deputada Marília Arraes: a alma mais honesta da face da terra vai se passar pelo papel da Diana do Pastoril nas eleições em Pernambuco, servindo ao mesmo tempo a dois senhores na campanha para governador – Danilo Cabral, do PSB, e a própria Marília, do Solidariedade (SD)?

Muitas vezes, uma imagem vale por mil palavras. A cara carrancuda e enjoada de Lula disse tudo na fotografia: parece não ter tamanha disposição cívica. Sabe que se abrir palanque para Marília, como é fortemente o desejo dela, atrairá a ira do PSB, partido importante para ele na corrida presidencial alicerçar e pavimentar o caminho de volta ao Palácio do Planalto.

Após o encontro, Marília soltou uma nota seca, sem graça, insossa, afirmando apenas que havia, no encontro, reassumido seu compromisso de votar em Lula, mas este não se manifestou, nem tampouco foi solidário quanto ao apoio recíproco ao projeto dela de disputar o Governo de Pernambuco. Seu silêncio foi um indicativo de que não quer, pelo menos de imediato, declarar guerra ao aliado fiel PSB.

Seria cômico se não fosse trágico Lula vir a Pernambuco para um comício em favor de Danilo e, minutos depois, se abraçar com Marília em outro, pregando amor eterno à candidata do SD. Como ficaria a cabeça do eleitor? A Diana seria mais vermelho ou azul? Vá ter paciência ou saco para entender a raça política no Brasil!

A nota

Curta e sem informação, a nota de Marília, após o encontro, diz o seguinte: “Tive uma boa conversa política em São Paulo com o presidente Lula. Conversamos sobre o quadro político nacional, analisamos a situação eleitoral em Pernambuco e as alternativas que se colocam no Estado, reafirmando o compromisso com a candidatura do presidente Lula para reconstruir o país”.

Anúncio na quinta 

 Na conversa com Lula, Marília nem precisou dizer que estava caindo fora do PT, porque ele estava inteirado de tudo. Ouviu, pacientemente, o que a deputada elencou para dizer a ele em relação a Pernambuco e ficou informado, por fim, que Marília tornará pública a decisão de concorrer ao Governo de Pernambuco pelo Solidariedade na próxima quinta-feira. Não deixou claro se fará uma coletiva ou um ato político.

Miguel na vice  

a enfrentar o PSB, Marília vai tentar a unidade das oposições até o último minuto da prorrogação do jogo. Se pudesse e tivesse a compreensão dos diversos atores, o seu candidato a vice-governador seria Miguel Coelho, do União Brasil, e a senadora Raquel Lyra, do PSDB. Na conversa com o senador Fernando Bezerra Coelho, na sexta-feira passada, Marília ficou muito pessimista com as chances de Miguel abrir mão do projeto de disputar o Governo para ser vice.

Raquel faz beicinho 

Quanto a Raquel, a tucana não quer nem ouvir falar em deixar a Prefeitura de Caruaru para disputar o Senado. É candidatíssima a governadora, embora ainda não tenha assumido oficialmente nem tampouco marcado a data da sua renúncia. Pela lei, ela terá que se afastar do cargo até o dia 2 de abril. Miguel já marcou sua despedida da Prefeitura de Petrolina para o próximo dia 30, enquanto Anderson Ferreira, pré-candidato do PL, deve renunciar no dia 1 de abril.


por Magno Martins


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