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terça-feira, 8 de março de 2022

ELEIÇÕES NO SANTA CRUZ

 O VELHO CONTRA O NOVO

A nau do Santa Cruz Futebol Clube está à deriva. Seu último comandante, Joaquim Bezerra, eleito para o cargo com 63% dos votos, foi abandonado pelos seus pares e reconheceu sua fragilidade para seguir segurando o leme na travessia da tormenta. Dirigir um clube de massa não é tarefa para os fracos. A tripulação formada pelo ex-presidente foi, aos poucos, deixando o barco. Isolado, o comandante seguiu os “companheiros” fujões.

O problema é que o Santa Cruz não é o “clube da esquina”. A alcunha de – REPÚBLICAS INDEPENDENTES DO ARRUDA – serve para mensurar o tamanho deste gigante.

Na próxima segunda-feira – 14/03/2022 – haverá eleições indiretas (só os conselheiros podem votar), para a escolha do novo presidente executivo; presidente do Conselho e presidente da Comissão Patrimonial. Vale lembrar que, no Santa Cruz existe três poderes: Executivo, Deliberativo e Patrimonial.

O ex-presidente, Antônio Luiz Neto, colocou seu nome como opção para concorrer à presidência executiva. O advogado, empresário e suplente de senador, Waldemar Oliveira, também se lançou como opção para o cargo. Sem direito a voto, os sócios irão acompanhar esta disputa do VELHO contra o NOVO. Uma autêntica sinuca de bico.

O Tricolor do Arruda vivenciou situação similar em 1985. A época, o presidente executivo, Aristófanes de Andrade renunciou ao cargo. Numa eleição indireta, o jovem, José Neves Filho, foi eleito presidente executivo. Detalhe: Tácio Maciel, que era o vice de Aristófanes, seguiu no cargo como vice de José Neves. O pleito foi marcado pelo surgimento de novos dirigentes, uma quebra de paradigma que encontrou resistência de velhas raposas que chamavam o clube de “meu”. A oxigenação foi exitosa. O Santa Cruz, um clube genuinamente de futebol, reconquistou a hegemonia estadual e foi convidado para formar no Clube dos 13, entidade que representava a elite do futebol brasileiro.

Não acredito que venha surgir uma terceira via nesta eleição nas REPÚBLICAS INDEPENDENTES DO ARRUDA. Se acontecer, o pretendente vai funcionar como o bobo da corte. A polarização entre Antônio Luiz Neto e Waldemar Oliveira tem o viés da política partidária, fato que aumentará a temperatura dos bastidores do clube nos próximos dias. A caça de votos terá dois motes: a experiência de um ex-presidente vencedor e a visão empreendedora de um empresário bem-sucedido cuja proposta é colocar o Santa Cruz em sintonia com o novo tempo.

O sucesso do passado não é garantia de êxito no presente, assim como, o simples desejo de um empresário em querer ver seu clube retomar o crescimento, não assegura o sucesso de uma gestão. O futebol é rico de exemplos de empresários bem-sucedidos que não deram certo a frente de clubes por terem sido seduzidos pelo canto da sereia. Normalmente são enganados por ex-jogadores e empresários de jogadores com seus projetos mirabolantes.

Nas REPÚBLICAS INDEPENDENTES DO ARRUDA a polarização é entre o NOVO e o VELHO. 

Menos mal!

CLAUDEMIR GOMES

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