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sexta-feira, 4 de março de 2022

ELEIÇÕES 2022

 Lula tende a minguar

O Poder 360, site do jornalista Fernando Rodrigues, ex-Folha de São Paulo, tem postado pesquisas semanais sobre a corrida presidencial. Jornalista sério, competente, uma das referências na cobertura política em Brasília, Rodrigues criou o instituto PoderData. Seu último levantamento, de domingo passado, aponta Lula na frente com 40%, Bolsonaro em segundo com 32%, e Ciro Gomes e Sérgio Moro empatados, com 7% e 6%, respectivamente.

A novidade é a queda na diferença de Lula para Bolsonaro, que vem se dando sistematicamente, semana após semana. Em outras sondagens, no auge da pandemia, o petista chegou a colocar 18 pontos na dianteira do chefe da Nação. Agora, caiu para 8 pontos. Pesquisa é uma fotografia do cenário político do momento. Todos esses levantamentos servem apenas para gerar manchetes. Não têm nem terão nos próximos meses nenhuma importância.

A eleição só se decide no curso da campanha, que começa após as convenções, em agosto. O que se pode inferir dos últimos números do PoderData é apenas a constatação de que Lula nunca foi e nunca será imbatível. E que não será eleito. Simplesmente porque o que decide eleição presidencial é a economia. O recuo da pandemia, apesar dos reflexos da guerra na Ucrânia, pode até não ser o esperado nem o necessário, mas já provocará uma mudança no humor do brasileiro.

Paralelamente a isso, o Auxílio Brasil, substituto do Bolsa-Família, no valor de R $ 400, está entrando no bolso de 18 milhões de famílias todos os meses. A tendência desse segmento eleitoral é votar maciçamente em Bolsonaro ou outro candidato, menos em Lula, que está ferido de morte pelo carimbo da corrupção. O discurso do rouba, mas faz, que alguns têm usado para justificar o voto no petista, tende a cair por terra, virar pó, quando vir à tona o cipoal da roubalheira na era Lula-Dilma.

Não dá para acreditar que alguém de bom senso deseje a volta de alguém que foi preso, diz ser a alma mais honesta do planeta, mas permitiu que uma quadrilha promovesse o maior assalto aos cofres públicos da República, conforme foi apurado e comprovado na operação Lava Jato. Se Lula diz que não roubou nem deixou roubar, de onde o ex-ministro Antônio Palocci retirou R$ 100 milhões para devolver no acordo da sua delação premiada.

Palocci foi um dos principais ministros de Lula. Marcelo Odebrecht, o maior empresário do Brasil, ficou preso em Curitiba com Lula por mais de um ano. Em sua confissão, disse que a sua empreiteira financiou o PT, inclusive, o Instituto Lula, sediado em São Paulo. Só do BNDES, Lula e Dilma retiraram R$ 2 trilhões para financiar portos e outros empreendimentos em países comunistas, dinheiro que deveria ter sido investido em programas sociais no Brasil.

Durante a campanha, os opositores de Lula vão recorrer aos seus aliados de hoje para dizer que ele não serve ao Brasil. Cotado para fechar como vice a chapa de Lula, o ex-governador Geraldo Alckmin disse, em 2006, no período de campanha, que, diferentemente de Lula, ele não “convivia com o crime” e acusou o ex-presidente petista de “chefe de quadrilha” em relação ao escândalo do mensalão.

“Que tempos são esses em que um procurador-geral da República denuncia uma quadrilha de 40 criminosos que tem na lista ministros, auxiliares e amigos do presidente? Que tempos são esses em que cada vez que ouvem uma notícia sobre a quadrilha dos 40, os brasileiros pensam automaticamente em silêncio: "E o chefe, onde está o chefe, o líder dos 40 ladrões’”, disse Alckmin em um comício em Minas Gerais, em 2006.

O guia da oposição, nessa linha, livrará, com certeza, muitos brasileiros de, com o seu voto, promover a volta da quadrilha.

Ligação com o PCC 

O ex-governador de São Paulo disse, também naquele ano, que o PT tinha associação com o PCC em São Paulo e chamou Lula de “fujão” e “covarde” por não aparecer em um debate após as primeiras reportagens sobre o mensalão e por uma suposta negociação, por petistas, de um dossiê contra ele e José Serra. “Há indícios, sim [de associação]. Basta você olhar manifestos do PCC, o que eles dizem sobre a política e coisas que se diz que eles dizem, inclusive nas gravações. Eu não diria que há provas, mas isso merece ser investigado”, instigou Alckmin.

Cena do crime

Geraldo Alckmin disse outras pérolas contra Lula que estão arquivadas. E a história não se apaga com uma borracha. "Os brasileiros não são tolos e estão vacinados contra o modelo lulopetista de confundir para dividir, de iludir para reinar. Mas vejam a audácia dessa turma. Depois de ter quebrado o Brasil, Lula diz que quer voltar ao poder, ou seja, quer voltar à cena do crime. Será que os petistas merecem uma nova oportunidade? Fiquem certos de uma coisa: nós os derrotaremos nas urnas”, disse Alckmin em 2017.


por Magno Martins 

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