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quarta-feira, 16 de março de 2022

MEIO AMBIENTE

Começa, no Recife, conferência internacional sobre o descarte dos resíduos sólidos e o meio ambiente

Cirsol - Foto: Melissa Fernandes/Folha de Pernambuco


Cirsol reúne 140 palestrantes de mais de 17 países e vai até sexta-feira (18) 



A I Conferência Internacional de Resíduos Sólidos (Cirsol) foi aberta, na manhã desta quarta-feira (16) no museu Cais do Sertão, no Bairro do Recife, área central da capital pernambucana. A cerimônia contou com a presença do governador de Pernambuco, Paulo Câmara; a vice-prefeita de Recife, Isabella de Roldão, representando o prefeito João Campos; e diversos representantes das instituições e organizações envolvidas com o evento. 
A Cirsol busca criar um debate acerca dos impactos dos resíduos sólidos para a realidade climática que o mundo vivencia. Ações para o futuro vão ser discutidas e evidenciadas e também serão observados os avanços no cumprimento dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Essas metas foram estabelecidas pela Organização Mundial das Nações Unidas (ONU).

A Cirsol debaterá sobre os resíduos sólidos e as 21 instituições correalizadores da conferência assinaram o memorando de entendimento do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Contando com 140 palestrantes de mais de 17 países, o evento segue até a sexta-feira (18) e será a primeira conferência sediada no Brasil a discutir a relação entre o descarte de resíduos sólidos e a preservação do meio ambiente.

Na abertura, as falas de Paulo Câmara, de Isabella de Roldão e de diversos representantes do Brasil e do mundo demonstraram a importância da sustentabilidade diante das mudanças climáticas. 

"O que nós vamos fazer no Recife, nesses 3 dias, é discutir as metas possíveis, o que cada um de nós podemos fazer em favor do meio ambiente, da sustentabilidade e dos efeitos que vem afetando a questão climática. temos isso como meta e política de Estado, Pernambuco se dedica a fazer um desenvolvimento sustentável, onde a gente possa alinhar atividades econômicas com desenvolvimento social e sempre garantindo um meio ambiente protegido. Isso tudo faz parte do debate e a gente quer contribuir com essas discussões em Pernambuco para que a gente tenha condições de avançar", afirmou o governador do Estado. 

“Hoje, o problema de enfrentamento às mudanças climáticas e a crise climática é um problema muito sério e a causa dela é que, efetivamente, não temos conseguido dar o devido tratamento aos resíduos. Uma Conferência dessa, que reúne empresas, governos do Brasil e do mundo, e universidades, e que articula como nós podemos dar um tratamento adequado para aqueles materiais que já não tê mais utilidade, tem uma relação direta com o planeta e com a vida das pessoas”, explicou o secretário estadual de Desenvolvimento e Sustentabilidade, Antônio Bertotti.

De acordo com ele, a Conferência discutirá como o Estado vem atuando na coleta e descarte de resíduos sólidos e também como uma forma de criar novas estratégias. O secretário lembra que os objetos descartados também são utilizados como fonte de energia e de recursos para cadeias de produção. 

“Os catadores e catadoras são, no Brasil, as pessoas que prestam o maior serviço sustentável na nossa opinião e que podem, a partir de um modelo de negócio diferenciado, dar continuidade a esse trabalho com a Conferência que estamos tendo”, completou Bertotti. 

Silvana Cabral é parte da empresa Recitag, que capacita novas cooperativas do Estado a ensinar aos trabalhadores da reciclagem sobre rentabilidade e inovação. “ Capacitamos para ensinar às pessoas envolvidas com a reciclagem. Através de oficinas, facilitamos que o pessoal possa agregar valor a todos os materiais que coletam. Hoje, eles têm o conhecimento do que o resíduo sólido reciclável produz e os valores que estão no mercado”, afirmou Silvana.

Representando os milhares de trabalhadores da reciclagem no Estado, alguns desses profissionais compareceram à inauguração. Rosa Maria Ferreira tem 60 anos e trabalha com a reciclagem há cerca de 8 anos. Ela aproveita o óleo para produzir sabonetes em barra. “Eu ajudo a natureza assim. Fabricando esse sabão, que é a base de bicarbonato e óleo. Tudo isso que a gente recolhe para fazer o sabão já não vai para o esgoto. O óleo mata os peixes e as plantas e transformando em sabão, é muito bom para o meio ambiente”, contou ela. 

Sobre o significado que a Conferência possui para sua profissão, Rosa disse: “É muito importante. Incentiva mais as pessoas a não jogar lixo nos chãos, ajuda as pessoas terem mais educação ambiental”. 

Por Laura Machado

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