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sábado, 5 de março de 2022

RECUPERAÇÃO DO CINEMA

Convênio para recuperação do Cine Olinda é firmado entre Prefeitura e Estado

Após décadas de movimentações por sua volta, parceria entre Prefeitura de Olinda e Governo do Estado promete obras de recuperação nos próximos meses (André Dib/Divulgação)


A Prefeitura de Olinda divulgou nesta sexta-feira a assinatura de um convênio com o Governo do Estado para a realização de várias obras, dentre elas, a recuperação do Cine Olinda, fechado há quase meio século. O prefeito Lupércio e o governador Paulo Câmara se reuniram para firmar o convênio e as expectativas são de que as obras no equipamento cultural comecem ainda neste primeiro semestre. 

O orçamento é de aproximadamente R$ 2 milhões, sendo R$ 1,5 milhão do Governo do Estado e cerca de R$ 500 mil da Prefeitura. Os planos são de que a gestão do espaço deverá ser do Estado, com participação do poder municipal. ""É um cinema centenário. É um cinema importantíssimo que está, em média, muitos anos fechado. O nosso proposito é de poder, definitivamente, reabrir esse importante equipamento cultural que faz parte da história de Olinda", afirmou o prefeito Lupércio. 

Centenário, o Cine Olinda foi fundado em 1911, sob a alcunha de Cine Theatro de Variedades, sendo rebatizado uma década depois para o atual nome. Já na década de 1930, recebe o celebrado artista plástico Bajado em seu quadro de funcionários, inicialmente como pintor de cartazes, mas logo alcançando a gerência, em uma gestão que durou até 1965, considerada o ponto mais alto de sua história. 

Durante as décadas seguintes, ele funcionou como depósito de açúcar, alojamento para desabrigados e até boliche, fechando as portas definitivamente em 1979. De lá pra cá, várias iniciativas foram realizadas para tentar reavivá-lo. Nos anos 1980, a própria gestão municipal se movimentou para colocá-lo de pé, sob o nome de Cine Bajado, homenageando seu mais notório gestor. Nada feito. 

Já neste século, em 2016, se organizou o movimento Ocupe Cine Olinda, que promoveu uma série de atividades inicialmente no entorno de espaço, mas logo chegando ao seu interior, ocupando-o, exibindo filmes de forma improvisada e discutindo meios para fazer o poder público reativá-lo, recebendo promessas da Prefeitura, que não chegaram a se concretizar.

No final de 2020, a Fundação Joaquim Nabuco, gestora de três salas de cinema no Recife, enviou uma proposta para a Prefeitura de Olinda se oferecendo para realizar estudos técnicos e financeiros para gerir o cinema por meio de uma cessão do espaço, mas a proposta também não vingou. Agora, com o convênio do estado, prometido desde os tempos do Ocupe Cine Olinda, um novo capítulo dessa saga pode começar. 


Por: Rostand Tiago

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