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domingo, 13 de março de 2022

TESOURO ARQUEOLÓGICO

Pesquisadores encontram cerca de 40 mil fragmentos arqueológicos no Bairro do Recife

João Campos visitou local onde foram achados vestígios arqueológicos no Bairro do Recife                                                                                                                                           - Foto: Rodolfo Loepert/PCR Imagem


Peças que remontam à época de formação da cidade estavam na comunidade do Pilar. Segundo a Prefeitura, trata-se do "maior achado arqueológico urbano" do País.



Crescido a partir do porto localizado no encontro entre os rios Beberibe e Capibaribe, o Recife é uma relíquia das mais importantes para a História do Brasil. Quase cinco séculos depois que a cidade começou a ser formada, nas imediações do Marco Zero, cerca de 40 mil fragmentos de estruturas que remontam àquela época foram encontrados no centro histórico da Capital pernambucana.

A descoberta, feita durante a preparação para as obras de um conjunto habitacional na comunidade do Pilar, é, de acordo com a Prefeitura, o “maior achado arqueológico urbano do País".O “tesouro” foi anunciado neste sábado (12), dia em que a cidade completa 485 anos. Em visita ao local, o prefeito João Campos que está formando um grupo de estudos com o Instituto Pelópidas Silveira, a Secretaria de Infraestrutura e a Autarquia de Urbanização do Recife (URB) para garantir a preservação de todo esse material. 

“A gente está diante de um grande achado arqueológico e é lógico que a gente vai preservar esse material, preservar essa área e construir novas alternativas para as habitações aqui planejadas. Para que a gente possa conciliar a necessidade de construção de moradias com a necessidade de preservação do nosso patrimônio histórico. Afinal de contas, aqui está mais um superlativo recifense: um dos maiores achados arqueológicos em áreas urbanas do Brasil”, afirmou o gestor.

A pesquisa que resultou na descoberta foi realizada entre 2014 e 2020 pela Fundação Apolônio Salles de Desenvolvimento, instituição ligada à Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Entre os objetos arqueológicos encontrados, há cerâmicas, peças de jogos, tijolo holandês, garrafas de bebidas, perfume, remédios, balas de canhão e escova de dente. Também já foram achadas 100 ossadas humanas, possivelmente de mortos de guerras e de doenças como a cólera e a gripe espanhola.

Além disso, os pesquisadores descobriram, sob a Igreja do Pilar, vestígios do Forte de São Jorge, construção do século 16 usada pelos portugueses para resistir às invasões holandesas. Acredita-se que a fortaleza tinha um formato semelhante à de um castelo e, nela, os soldados lusitanos foram bem-sucedidos na proteção contra os invasores, que só conseguiram dominar a capitania de Pernambuco quando decidiram entrar na área pela cidade de Olinda. Transformado em enfermaria pelos holandeses em 1645, o forte foi abandonado após a Insurreição Pernambucana e, na década de 1670, já se encontrava em ruínas.

Por Portal Folha de Pernambuco

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