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segunda-feira, 18 de abril de 2022

ELEIÇÕES 2022

 PSB ignora corrupção do PT 

Paulinho da Força, presidente nacional do Solidariedade, ameaçou não apoiar mais a candidatura de Lula depois da estrondosa vaia que levou da militância petista em ato com sindicalistas. A hostilidade foi motivada pelo deputado ter votado a favor do impeachment da ex-presidente Dilma, em 2016.

Se esse for o critério para rejeitar apoios, na visão da militância vermelha, então, o PSB, principal aliado, que está indicando o neosocialista Geraldo Alckmin para vice, será crucificado. Dos 32 integrantes da bancada na Câmara dos Deputados, 29 votaram pela degola da ex-presidente.

Entre os nomes do partido que deram aval para tirar o PT, as únicas exceções foram Janete Capiberibe (AC), César Messias (AC) e Bebeto (BA). A bancada do PSB pernambucana votou fechada pelo impeachment, entre os quais, Danilo Cabral, o Coronel Danulo, pré-candidato do PSB ao Governo do Estado, seguido por Danilo Cabral, Gonzaga Patriota, Fernando Bezerra Coelho Filho, Tadeu Alencar, Marinaldo Rosendo e João Fernando Coutinho.

Todos votaram, não pelo suposto crime de responsabilidade das chamadas "pedaladas fiscais", mas pelo conjunto da obra: um cipoal de escândalos na era Dilma que, por pouco, não quebrou a Petrobras e outras estatais. Mas são esses mesmos parlamentares que hoje estão pedindo a volta do PT como tábua de salvação, passaporte para o Brasil entrar no reino dos céus.

Lula pode até não ter roubado, como dizem os caras de paus, mas deixou roubar. E muito! Toda a sua quadrilha foi presa, inclusive ele. E muitos, em delações premiadas, devolveram uma bolada do dinheiro roubado. Só Antônio Palocci, dono do cofre no Governo Lula, devolveu R$ 100 milhões. Mas Lula não sabia que ele roubava! 

Agora, parece tarde! - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, no último sábado, que todos estão “juntos para restituir o diálogo, o respeito, os direitos dos trabalhadores e a democracia”. Lula escreveu uma mensagem em seu perfil no Twitter ao compartilhar uma publicação da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, em que ela diz que o Solidariedade e o presidente do partido, deputado Paulinho da Força, são “muito importantes” para a democracia e a reconstrução do Brasil. As publicações de Lula e de Gleisi foram feitas um dia após Paulinho da Força cancelar o evento em que o Solidariedade formalizaria o apoio à candidatura do petista.

Virou arapuca

Paulinho da Força tem dito a membros do Solidariedade e da Força que não está fazendo um favor ao PT, que se trata de uma aliança política e que, se o partido de Lula assim preferir, o Solidariedade pode se afastar do bloco partidário. Ele afirma que o PT precisa tratar melhor seus aliados. "Você não pode convidar um aliado para uma festa e transformá-la numa arapuca", diz João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical.

Alckmin cara de pau - PT e Solidariedade têm traçado estratégias eleitorais conjuntas nos últimos meses. O Solidariedade foi uma das siglas consideradas para abrigar Alckmin com a intenção de que seja vice de Lula, por exemplo. Membros das principais centrais sindicais participaram do evento, como CUT (ligada ao PT), Força Sindical, UGT, CTB e CSB, entre outras. No evento com centrais sindicais, quinta-feira passada, Alckmin, que no passado chamou Lula de ladrão, fez discurso em exaltação ao petista. Afirmou que a "luta sindical deu ao Brasil o maior líder popular deste País" e, aos gritos, repetiu: "Lula, Lula, viva Lula, viva os trabalhadores do Brasil."

Gleisi ameniza - A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou, sábado passado, que o Solidariedade e o seu presidente, Paulo Pereira da Silva, “são muito importantes” em uma “frente pela democracia e pela reconstrução do Brasil”. A petista disse “ser hora de unidade pelo Brasil”. A mensagem, publicada em suas redes sociais, é uma tentativa de amenizar a irritação de Paulinho da Força, como é conhecido. Ele foi vaiado por sindicalistas e militantes em encontro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com as principais centrais sindicais na última quinta-feira. 

Sobrou para Marília

Caso o Solidariedade caia fora da campanha de Lula, em Pernambuco, Marília Arraes, que trocou o PT pela legenda de Paulo da Força para disputar o Governo do Estado, ficará sem o discurso que move a sua campanha: a de aliada de primeira grandeza do ex-presidente da República. Como não tem mais prazo para mudar de legenda, o caminho é ficar com o pincel pendurado, porque se insistir em dizer que Lula é a panaceia para todos os males, perderá a legenda. 


Por Magno Martins

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