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quinta-feira, 21 de abril de 2022

ELEIÇÕES 2022

 O pelego é adepto da barganha

Já estava escrito nas estrelas que Paulinho da Força, presidente do Solidariedade, que levou a maior vaia até o momento desta fase pré-eleitoral, por parte da militância vermelha sindicalista, iria ceder e voltar a beijar Lula, depois de se encontrar com o ex-presidente, como ocorreu na terça-feira passada.

Quando ameaçou cancelar o ato do SD em apoio a Lula, Paulinho, na verdade, quis apenas barganhar. No Brasil, ter o controle de um partido, como ele detém, virou balcão de negócios. Ele é um sindicalista pelego, tanto que as vaias não partiram exatamente de petistas raízes, mas de sindicalistas que não concordam com suas práticas clientelistas. 

No encontro, mais do que o apoio do Solidariedade, Lula pediu ao pelego ajuda para atrair o apoio de outras siglas de centro a sua candidatura à Presidência da República. Já com outra postura, querendo ser agradável ao "rei", Paulinho prometeu buscar nas próximas semanas os presidentes do MDB, Baleia Rossi, do PSD, Gilberto Kassab, e do Avante, Luis Tibé. Vai tentar convencê-los a apoiar Lula pelo menos no segundo turno das eleições, quando a disputa pelas vagas ao Congresso Nacional já estará decidida.

A reunião entre Paulinho e Lula contou com a presença da presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR). Na conversa, o ex-presidente pediu ainda que o dirigente do Solidariedade esteja presente no lançamento de sua candidatura, marcado para 7 de maio, em São Paulo. 

Segundo relatos, Lula garantiu a Paulinho que não haverá novas hostilidades contra o deputado. E prometeu que, caso petistas voltem a vaiar o dirigente partidário, deixará de lado sua versão “Lulinha paz e amor”. Na verdade, o ex-presidente não prometeu apenas isso. Teve a pauta também antirepublicana. 

Cenário nebuloso - Durante o encontro com Paulinho Pelego da Força, Lula reconheceu que o cenário eleitoral deste ano apresenta dificuldades para a oposição e que é necessário formar uma espécie de frente ampla contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). Já a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, adotou discurso semelhante na entrevista após o encontro. “Aliança política e partidária é muito importante, Paulinho pode ajudar com isso, pela articulação que tem. Todos os esforços precisam ser feitos nesse sentido”, afirmou.

O PT do já ganhou

Antes do encontro, o presidente do Solidariedade criticou uma ala do PT. Questionado se havia "salto alto" dentro do partido, disse: "Acho que uma parte sim, talvez não a direção do PT, mas uma parte do pessoal do PT acha que já ganhou a eleição, e eu acho que a eleição não tá ganha". As vaias ao deputado geraram certo constrangimento, principalmente pelo fato, segundo Paulinho, de nem Lula nem Alckmin terem-no defendido na oportunidade. 


Por Magno Martins

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