Polícia Civil realiza simulação em Porto de Galinhas para descobrir quem matou Heloysa durante operação do BOPE
O total de 121 profissionais, entre bombeiros, policiais civis e peritos do Instituto de Criminalística (IC), estiveram desde o início desta quinta-feira (12) na comunidade Salinas, em Porto de Galinhas. A missão do grupo é descobrir, através de uma simulação do caso, de onde partiu o tiro que matou Heloysa, de seis anos, durante uma operação do BOPE no dia 30 de março deste ano. A mãe e o pai da menina acompanharam o trabalho. A Polícia Civil não divulgou uma data para divulgação do resultado.
Para que a simulação não sofresse interferências, a Guarda Municipal ficou responsável por fechar algumas das ruas do destino paradisíaco.
Desde o dia do episódio, existem duas versões para o caso. De acordo com os moradores da região e familiares da vítima, a Polícia Militar, através do Batalhão de Operações Especiais, o BOPE, entrou na comunidade de forma violenta para prender um homem suspeito de envolvimento com tráfico de drogas, e só ela atirou, chegando a acertar a garota que brincava no momento.
Já pelo lado da Polícia Militar, houve reação por parte do suspeito, que gerou uma troca de tiros e a menina foi acertada por uma "bala perdida".
Essa simulação acontece um dia após a entrega de um dossiê às autoridades. O documento foi assinado por 13 organizações e movimentos sociais durante uma audiência pública realizada na Câmara dos Vereadores do Ipojuca. Nele, alegam que a comunidade e a família da garota estão sendo mantidas sob forte vigilância polícia desde o caso, sofrendo, inclusive, intimidações e perseguições.
Em resposta ao dossiê, o governo emitiu uma nota assegurando que "recebeu as denúncias e enviou uma equipe do Grupamento Tático de Ações Correcionais (GTAC) para colher depoimentos dos moradores de Porto de Galinhas".
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