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segunda-feira, 16 de maio de 2022

NÁUTICO - PUNIÇÃO DE JEAN CARLOS

Por cotovelada e 'indisciplina', Jean Carlos é punido com dez jogos de suspensão pelo TJD; Jurídico do Náutico vai analisar

Jean Carlos foi expulso aos 22 minutos, ainda no primeiro tempo da grande decisão contra o Retrô (Foto: Ricardo Fernandes/FPF)


Jogador recebeu punição mínima pela cotovelada em Yuri Bigode, mas foi punido com a suspensão máxima por conduta indisciplinar contra a árbitra


Após um julgamento que durou mais de duas horas e meia, o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PE) decidiu por punir o meia Jean Carlos, do Náutico, com a suspensão por dez partidas do Campeonato Pernambucano. Quatro jogos foram referentes à cotovelada que gerou a expulsão na Final contra o Retrô, e as outras seis partidas pela atitude de partir para cima da árbitra Deborah Cecília, que conduziu o jogo.

A decisão, tomada em primeira instância, cabe recurso caso o Náutico opte por levar ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Entretanto, em entrevista à reportagem do Diario de Pernambuco, o diretor jurídico do clube, Luis Gayão, afirmou que ainda será estudada essa possibilidade. “A gente ainda vai analisar. Tem prazo para responder, mas vamos antes sentar e ver qual será a decisão”, destacou.

Entenda o caso

Jean Carlos foi expulso aos 22 minutos, ainda no primeiro tempo da grande decisão contra o Retrô, onde o Timbu se sagrou Bicampeão estadual. Naquele momento da partida, a equipe empatava em 0 a 0 e perdia o título para a Fênix. E em uma disputa de bola no meio de campo, Jean Carlos desferiu uma cotovelada sobre o rival Yuri, do Retrô. Denunciado pelo VAR, recebeu o cartão vermelho pela árbitra pernambucana Deborah Cecília, que conduzia a partida. Foi quando o meia alvirrubro 'perdeu a cabeça' e partiu para cima da árbitra, que descreveu a cena dessa forma na súmula do jogo.

"Após eu ter apresentado o cartão vermelho direto, o jogador expulso partiu em minha direção na tentativa de me agredir. Sendo contido pelo árbitro assistente Clóvis Amaral, e por seus companheiros de equipe. Além disso, relutou a sair do campo de jogo, sendo retirado pelos seus próprios companheiros", apontou a árbitra pernambucana.

No dia seguinte, o atleta alvirrubro se posicionou pedindo desculpas pela atitude, porém negou que teria intenção de agredir a árbitra. “Peço desculpas a todas as mulheres, a todas as torcidas, a quem estava assistindo ou a quem viu alguma notícia. Eu só acho que antes da gente falar de alguma pessoa, de alguma atitude dela, a gente tem que conhecer a pessoa. E quem me conhece, quem está próximo de mim sabe que jamais faria algo parecido. Então, novamente peço desculpa à Deborah se ela em algum momento achou que eu poderia agredi-la”, justificou Jean Carlos através das suas redes sociais.

Jean foi indiciado pelo TJD-PE, com base no Artigo 254-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que rege sobre atos de agressão nas partidas. Primeiro pela cotovelada em Yuri Bigode, no inciso primeiro, que prevê pena de quatro a doze jogos. Em seguida, pela atitude que foi vista como tentativa de agressão à árbitra, no parágrafo terceiro, que aponta como pena mínima a suspensão por 180 dias.

No entanto, no entendimento do colegiado, o gesto de Jean Carlos foi desclassificado do artigo 254-A (agressão), e avaliado como conduta de indisciplina, regido pelo Artigo 258 do CBJD. Nesse caso, Jean Carlos recebeu a pena máxima de seis jogos. chegando a dez partidas no total.

DP

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