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segunda-feira, 16 de maio de 2022

PASSEIO DE LANCHA

Bolsonaro: Críticos de atos são 'imbecis'

Bolsonaro participou de passeio de lancha no Lago Paranoá organizado por apoiadores do seu governo (Foto: EVARISTO SÁ/AFP)


O presidente Jair Bolsonaro participou de um passeio de lancha organizada em apoio ao seu governo, no Lago Paranoá, em Brasília. O chefe do Executivo andou de jet-ski e tirou foto com apoiadores, que participaram do ato em lanchas, veleiros e outras embarcações.

 O evento estava marcado para as 9h, com presença do presidente. Mas ele foi antes à Feira dos Importados, no Sia, e só chegou no Lago Paranoá por volta das 13h30. De acordo com apoiadores, a expectativa era que mil pessoas e 400 embarcações participassem do ato, mas menos da metade compareceu. Antes do evento, o presidente conversou com apoiadores e defendeu os atos bolsonaristas em 1º de maio e 7 de setembro. 

Segundo ele, quem vê as manifestações como “antidemocráticas” é “psicopata” e “imbecil”. “Não estou atacando de forma nenhuma. Só um psicopata ou imbecil para dizer que os movimentos de 7 de setembro e 1º de maio são atos que atentam contra a democracia. Quem diz isso é um psicopata ou imbecil”, disse. Nos dois atos, manifestantes pediram a destituição de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e Bolsonaro chegou a dizer, em transmissão na Avenida Paulista, em São Paulo, que não iria mais cumprir decisões judiciais do ministro Alexandre de Moraes.

O presidente comentou também sobre as faixas com pedidos pela volta do Ato Institucional número, o AI-5, o ato mais repressivo da ditadura militar. “O maluco levanta uma faixa lá ‘AI-5’. Existe AI-5? Você tem que ter pena do cara que levanta a faixa do AI-5. Você tem que chegar para ele, da imprensa, ‘amigo, o AI-5 foi lá na época dos anos 60 que tinha ato institucional’”, disse. “Você tem que ter pena dessa pessoa e não querer prender”, completou o presidente.

PETROBRAS
Ainda ontem, Bolsonaro respondeu a perguntas de jornalistas na Praça dos Três Poderes. Uma era sobre a possível troca na Presidência da Petrobras, e ele mandou os repórteres perguntarem ao novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida. “A Petrobras está ligada diretamente a ele e não comigo”. Durante live realizada na última semana, Bolsonaro sinalizou que poderia fazer novas “mudanças de pessoas”, ao mencionar a companhia. Mas, ontem, afirmou que a estatal está nas mãos de Sachsida, pois o ministro tem autonomia para fazer qualquer alteração na Petrobras. “E eu deixo bem claro que todos os meus ministros, sem exceção, têm carta branca para fazer valer aquilo que achar melhor para o seu ministério”, disse.

“Sachsida e todos os ministros, desde o início, têm carta branca sem exceção. Obviamente, qualquer mexida vai conversar comigo. Mas confio 100% no Sachsida e tenho certeza de que ele será um bom ministro. Assim como o Bento [Albuquerque] foi. Mas, por uma questão pessoal, pediu para sair”, ressaltou Bolsonaro. Em sua primeira coletiva de imprensa como ministro, Sachsida afirmou que pediria estudos para a privatização da Petrobras e do pré-sal. Um dia após a declaração, o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou que vai dar andamento ao projeto. Em coletiva em frente ao Ministério da Economia, na quinta-feira, Sachsida disse que a primeira ação à frente da pasta seria a solicitação do estudo que visa o processo de desestatização da PPSA (Pré-Sal Petróleo S.A.) e da Petrobras. “Espero levar, no período de tempo mais rápido possível, ao presidente da República, Jair Bolsonaro, para ele assinar esse decreto e libertar o povo brasileiro”, declarou Sachsida.

Bolsonaro apontou, ainda, que a política de preços usada pela Petrobras pode ser alterada, caso ele tenha interesse de mudar, “A Política de Paridade Internacional (PPI) não é uma lei, é uma resolução do conselho. Se o conselho achar que deve mudar, muda”, contou. “Mas não pode a população como um todo sofrer essa barbaridade, porque atrelado ao preço dos combustíveis está a inflação”, completou o presidente. Segundo Bolsonaro, ninguém tem a intenção de tabelar o preço do combustível nem intervir na Petrobras. “O que eu acho que a Petrobras poderia fazer, tem um artigo constitucional que fala da finalidade social da Petrobras. Não está sendo levado em conta. A paridade internacional só existe no Brasil”, disse.

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