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sexta-feira, 6 de maio de 2022

PROCURADOR GERAL

ESCLARECER O QUE ACONTECEU NA TERRA YANOMNI É PRIORIDADE, DIZ ARAS 


O procurador-geral da República, Augusto Aras, informou, hoje, em nota, que tem acompanhado diariamente a investigação sobre o relato de que uma menina de 12 anos foi estuprada e morta por garimpeiros na Terra Indígena Yanomami.

O relato sobre e menina foi divulgado na noite do dia 25 pelo Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye'kwana (Condisi-YY). Dois dias depois, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF), acompanhados da Funai, e do Condisi-YY, foram até região do Waikás para apurar de perto. Mas, ao retornarem, disseram não ter encontrado indícios do crime, porém a investigação continuaria.

“Esclarecer o que realmente aconteceu nesse caso é uma prioridade para o MPF. Todas as providências estão sendo adotadas para que, não apenas os indígenas, mas toda a sociedade receba essas respostas”, afirma Augusto Aras.

Em Aracaça, onde a menina vivia, não havia ninguém e a comunidade foi encontrada queimada, informou o presidente do Condisi-YY, Junior Hekurari Yanomami, após o retorno da comitiva. O caso ganhou repercussão nacional e tem mobilizado lideranças indígenas, autoridades, políticos, artistas e influencers com questionado "CADÊ OS YANOMAMI" nas redes sociais.

Na nota, a Procuradoria-Geral da República afirma que a apuração sobre o desaparecimento da comunidade também é acompanhado por Aras em conjunto com a coordenadora da Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais do Ministério Público Federal (6CCR/MPF), Eliana Torelly.

"Informações referentes aos desdobramentos do caso têm sido repassadas diariamente à 6CCR, que, juntamente com o procurador-geral, atua para, por exemplo, garantir as medidas e os recursos necessários para viabilizar o trabalho de apuração", destaca a PGR.

PGR afirma que tem o compromisso de "apurar os fatos com rigor" e destacou a "importância de serem respeitados os procedimentos e etapas da investigação oficial, única via capaz de assegurar a elucidação do caso".

"Eles [procurador-geral e a coordenadora] ressaltam a complexidade desse trabalho em função de aspectos como a localização remota, as dificuldades de acesso, a dimensão da área envolvida e características culturais da etnia e de povos de recém-contato".

Após a denúncia divulgada pelo Condisi-YY, a Hutukara Associação Yanomami (HAY), organização mais representativa deste povo indígena, disse que também acompanha a investigação e, se confirmado, "não é um caso isolado", já que situações de estupro de crianças e mulheres da reserva foram relatadas no documento "Yanomami Sob Ataque", lançado no último dia 11.

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