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quarta-feira, 11 de maio de 2022

SANTA CRUZ - DESAFIO DE MARTELOTTE

Novo reencontro de Marcelo Martelotte com o Santa Cruz será o seu maior desafio no Arruda

Ùnica vez em que Martelotte não conseguiu êxito inicial com o Santa Cruz foi em 2017 (Foto: Ricardo Fernandes/DP)



Situação atual é ainda pior que a de 2017, quando assumiu o time novamente no Z4 da Série B e em 14 jogos só obteve uma única vitória


A relação entre Marcelo Martelotte e o Santa Cruz é um caso à parte, como poucos profissionais e clubes conseguem entrelaçar. Duas passagens como jogador, campeão estadual (1993) e com acesso à Série A (1999). E nesta quarta o quinto trabalho como treinador se inicia, no cargo onde também alcançou os mesmos feitos, em 2013 e 2015, respectivamente. O laço é tão estreito, que em absolutamente todas as cinco vezes que Martelotte se tornou treinador, o acerto foi feito de forma imediata.

Em dezembro de 2012, foi anunciado no dia seguinte à reeleição de Antônio Luiz Neto, hoje novamente presidente do clube. Na ocasião, assumiu o cargo após a não renovação com Zé Teodoro, que não conseguiu o acesso à Série B naquela conturbada disputa da C - Zé, inclusive, também retorna com Martelotte, porém no cargo de coordenador técnico. Ou seja, desde a montagem do elenco, partindo praticamente 'do zero' e com um mês pela frente, o então ‘estreante’ encontrou um cenário visto como ideal pela imensa maioria dos técnicos. Tricampeão Pernambucano, 65,6% de aproveitamento, davam uma boa base para a Série C.



A saída precoce, porém, trocando o Arruda pela Ilha do Retiro antes do Brasileiro, parecia ser um fim irreconciliável. No entanto, depois de dois anos, quando as coisas não andaram bem com Ricardinho e o time entrou na zona de rebaixamento para a Série C, Martelotte foi anunciado horas depois da demissão do antecessor. Aliás, a prática se tornaria um ‘modus operandi’ do clube. Assim como foi em 2015, após Givanildo em 2017, Itamar Schulle em 2020 e agora Leston Júnior no último domingo, menos de 24 horas sucederam até seu nome ser anunciado. Por vezes, até mesmo minutos de intervalo.

Esse contexto todo corrobora com a visão de que Martelotte é visto pelo Santa Cruz como uma espécie de ‘salva-vidas’, pode-se dizer. No entanto, desta vez o resgate para evitar o afogamento se desenha como o mais difícil entre as missões anteriores do novo treinador. Um contexto completamente oposto ao de 2020, quando Itamar Schülle anunciou sua saída, mesmo com a equipe liderando com muita folga o seu grupo na Série C. Pela primeira vez recebendo ‘o comando do avião com céu de brigadeiro’, emendou a boa fase e conseguiu sete vitórias em nove jogos invicto, apesar de não conseguir o acesso.

Agora, porém a situação é ainda pior que a de 2017, quando assumiu o time novamente no Z4 da B e em 14 jogos só obteve uma única vitória. À época, estava a apenas dois pontos do 16º colocado e com a paralisação da Copa das Confederações para treinar a equipe e imprimir sua filosofia. Desta vez, com a política do clube em uma interminável guerra, elenco se desmanchando e insatisfeito, funcionários com longos meses em atraso e uma torcida extremamente insatisfeita. Martelotte terá certamente o seu maior desafio da carreira. Tudo com um prazo de dez jogos para vencer seis.

DP

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