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quinta-feira, 2 de junho de 2022

OBRAS INACABADAS

 DINHEIRO JOGADO NO LIXO


Como repórter que vive com o pé na estrada, desde que ingressei na profissão, comecei, na última segunda-feira, a visitar as obras inacabadas em Pernambuco. São verdadeiros elefantes brancos, de responsabilidade da União, do Estado e também dos municípios. Segundo relatório do Tribunal de Contas do Estado, há mais de 1,7 mil obras paralisadas/inacabadas.

Pelos cálculos de três anos passados, esses contratos totalizavam R$ 6,2 bilhões, dos quais cerca de R$ 2 bilhões já foram pagos às empresas que venceram as licitações. Na segunda, mostrei o túnel da ferrovia Transnordestina, em Arcoverde, abandonado há mais de dez anos pelo Governo Federal. Na terça, o IML de Salgueiro, de responsabilidade do Governo do Estado.

Ontem, a Adutora Redenção, em Santa Maria da Boa Vista, paralisada há mais de duas décadas. Na Região Metropolitana, tem uma penca. O Canal do Fragoso, em Olinda, é uma delas. Outro exemplo típico de “desperdício de dinheiro público” é a ponte ligando os bairros do Monteiro a Iputinga (foto), de responsabilidade da Prefeitura do Recife, iniciada em 2012, na gestão do então prefeito João da Costa, com valor estimado em R$ 53,4 milhões.

Foram gastos na obra R$ 16 milhões e está totalmente abandonada e sem previsão de ser concluída. Muitas das obras listadas pelo TCE foram visitadas in loco pela oposição na Alepe, durante as agendas do Pernambuco de Verdade, a exemplo das barragens do sistema de prevenção de enchentes da Zona da Mata Sul; a construção do Hospital da Mulher de Caruaru; UPAE de Palmares; CASE da Funase em Arcoverde; Complexo da Polícia Científica de Caruaru; BR-101; Corpo de Bombeiros de Arcoverde e de Serra Talhada e a Navegabilidade do Rio Capibaribe, entre outras.

Outras obras de vulto que também se encontram inacabadas são a Ponte do Monteiro (R$ 53,4 milhões), o Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães (R$ 43 milhões), Urbanização do Cais do Porto do Recife (R$ 50 milhões), Dragagem do rio Capibaribe (R$ 44 milhões) e Reforma do Hospital Barão de Lucena (R$ 36 milhões).

Mais obras  

De acordo com o Núcleo de Engenharia do TCE, uma obra é considerada paralisada/inacabada, dentre outros fatores, quando tem menos de 15% do seu valor pago em um único exercício. As oito maiores são de responsabilidade do Governo do Estado ou da Prefeitura do Recife, a saber: Dragagem do canal de acesso ao Porto de Suape (R$ 279 milhões), Canal do Fragoso e Via Metropolitana Norte (R$ 206 milhões), Implantação do BRT na BR-101 (R$ 216 milhões), Corredor Norte-Sul (R$ 187 milhões), Corredor Leste-Oeste (R$ 168 milhões), Ramal Cidade da Copa (R$ 163 milhões), Saneamento integrado do bairro do Cordeiro (R$ 122 milhões), Reforço da Adutora do Oeste (R$ 114 milhões) e implantação da Hidrovia do rio Capibaribe (R$ 101 milhões).


Por Magno Martins

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