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domingo, 17 de julho de 2022

SANTA CRUZ - CRITICANDO A DIRETORIA

Edson Ratinho desabafa após classificação e critica condições de trabalho no Santa Cruz

(Foto: Rafael Vieira/Esp. DP Foto)


'Essa semana tive que fazer Pix para um funcionário comprar gás de cozinha. Isso dói em mim, porque sou pai de família', disse o jogador após o jogo


Após o apito final do jogo entre Santa Cruz e Lagarto, que culminou na classificação coral ao mata-mata da Série D do Brasileirão, o lateral direito Edson Ratinho concedeu uma entrevista forte. Desabafando sobre as condições de trabalho no Arruda, o jogador veterano disparou palavras à diretoria tricolor e criticou a falta de ‘cobrança’ no clube pernambucano (leia na íntegra abaixo).

“A palavra-chave foi essa: 'sobrevivência'. Não só para a gente, mas para o clube. Sabemos como o clube está carente. É um alerta e um desabafo meu. A diretoria tem que estar do nosso lado e jogar junto. Nosso grupo está unido. O que estamos fazendo, tenho certeza que nenhum outro que passou fez o que estamos fazendo. Futebol tem hora que Deus abençoa a equipe que está mais correta. Não tem para onde correr”. 

“A bola pune, é um ditado de Muricy que viralizou e é a mais pura verdade. Quando falo isso, muitas vezes o torcedor acha que o jogador é mercenário. Principalmente no Brasil. O jogador não se pronuncia porque é taxado. Mas quem está ganhando rios de dinheiros no Santa Cruz? Quando eu falo, estou brigando pelo meu, dos meus companheiros e, principalmente, pelos funcionários”. 

“Vou desabafar: essa semana tive que fazer Pix para um funcionário comprar gás de cozinha. Isso dói em mim, porque sou pai de família. Eu sei das minhas origens e uma coisa que tenho é palavra, de cumprir aquilo que falo. Se eu não cumprir, não falo. Presidente, diretor, tem que estar do nosso lado, jogar junto. Tem que reunir os jogadores, cobrar. A gente não teve uma cobrança! Time que quer chegar tem que cobrar!”.

“A diretoria não cobrou ninguém. Mas por quê? Porque estão devendo! Essa é a mais pura verdade! A diretoria não existe, teve semana que não veio ninguém reunir os jogadores. Tem muitos atletas que não se pronunciam, mas eu não. Posso ser mandado embora hoje, mas ninguém pode dizer que fiz migué. Estou aqui desde 7 de fevereiro, mas não deixei de treinar um dia. Por causa disso: sou homem”. 

“Se a diretoria quer subir, não é só ficar convocando torcida para o estádio. Sabemos que o torcedor está ao nosso lado. O que o torcedor fez aqui não existe no mundo. E muitas das vezes, nosso desabafo é por causa deles. O torcedor deixa de comprar o pão de cada dia e comer algo melhor para pagar o sócio, o ingresso e chegar aqui. A gente sabe e não temos dúvida que eles estão do nosso lado”, concluiu o jogador. 

DP

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