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domingo, 28 de agosto de 2022

ELEIÇÕES 2022

Combate à fome: o que dizem os planos de governo dos candidatos à Presidência



Mais de 61 milhões de brasileiros enfrentaram dificuldades para se alimentar entre 2019 e 2021, sendo que 15,4 milhões sofreram de insegurança alimentar grave, de acordo com o mais recente relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) para alimentação e agricultura.

Os candidatos à Presidência têm um cenário complexo pela frente, já que o número de brasileiros sem ter o que comer quase dobrou em dois anos de pandemia. As informações são do G1.

Confira a seguir detalhes de cada proposta. A ordem é a mesma em que os candidatos aparecem na última pesquisa de intenção de votos.

Lula (PT)

O plano de governo de Lula afirma que a população afetada pela fome tem prioridade nos compromissos assumidos pela legenda. “São esses brasileiros e brasileiras que precisamos socorrer”, diz o texto.

Veja os principais pontos

Grande produtor de alimentos: Lula cita, assim como Bolsonaro, a capacidade produtiva do Brasil no setor de alimentos: “Produzimos comida em quantidade para garantir alimentação de qualidade para todos”.

Bolsa Família

o documento diz que o programa precisa ser “renovado e ampliado para recuperar uma de suas principais características: ser referência mundial de combate à fome”. O plano não menciona se o Auxílio Brasil, que substituiu o Bolsa Família no final de 2021, será absorvido ou extinto pelo programa proposto pelo petista ou seguirá existindo.

Agropecuária

o ex-presidente aposta na produção do campo como forma de alcançar a segurança alimentar: “Precisamos avançar rumo a uma agricultura e uma pecuária comprometidas com a sustentabilidade ambiental e social”.

Reforma agrária

o líder petista afirma que dará apoio “à pequena e média propriedade agrícola, em especial à agricultura familiar” e que se compromete com a soberania alimentar “por meio de um novo modelo de ocupação e uso da terra urbana e rural”. Lula também fala em fortalecimento da produção agrícola nas frentes das agriculturas familiar, tradicional e agronegócio sustentável.

Jair Bolsonaro (PL)

O plano de governo de Jair Bolsonaro destaca que deve haver equilíbrio entre a demanda nacional e as exportações, já que o Brasil é um dos maiores exportadores de alimentos do mundo e, mesmo assim, tem parte da população passando fome.

Veja os principais pontos

Pandemia e guerra: o programa de Bolsonaro fala em “manter e implantar políticas públicas que mitiguem efeitos da inflação mundial que se vive em função da pandemia e do conflito entre a Federação da Rússia a Ucrânia” para que a população brasileira retome o poder de compra. Não especifica, no entanto, que políticas são essas.

Programa Alimenta Brasil

o plano do atual presidente afirma que pretende reforçar a aplicação do programa, que tem a premissa de comprar alimentos produzidos por meio da agricultura familiar e distribuir a pessoas em situação de insegurança alimentar.

Populações vulneráveis

 o documento também cita que serão distribuição de alimentos a “grupos populacionais tradicionais e específicos”, como indígenas e quilombolas.

Ciro Gomes (PDT)

Ciro Gomes destaca a questão já no primeiro parágrafo de seu plano de governo. Segundo ele, a fome e a miséria estão se tornando um problema crônico no país.

Veja os principais pontos

Programa de renda mínima: Ciro propõe englobar os valores do atual Auxílio Brasil, do seguro-desemprego e da aposentadoria para criar um programa batizado de Eduardo Suplicy.

Gás de cozinha mais barato: o ex-ministro promete gás pela metade do preço para famílias que vivem com até dois salários-mínimos mensais.

Simone Tebet (MDB)

O plano de governo de Simone Tebet cita os 125 milhões de brasileiros que estão em algum nível de insegurança alimentar e afirma que a primeira missão do governo será acabar com a fome.

Veja os principais pontos:

Transferência de renda permanente: Tebet diz que vai focar nas famílias que mais precisam e condicionar o recebimento de valores à “frequência na escola, saúde preventiva e vacinação em dia”.

Lei de Responsabilidade Social: a senadora defende a implementação de uma norma para diminuir a pobreza e estabelecer metas para reduzir desigualdades sociais.

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