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quarta-feira, 31 de agosto de 2022

SPORT - VIOLÊNCIA NA ILHA

Ilha do Retiro registra casos de violência na partida entre Sport e Novorizontino

Ilha do Retiro recebeu seu recorde de público na Série B, com quase 20 mil torcedores (Foto: Arnaldo Sete/DP Foto)


Torcedores flagraram mais um caso de força policial; confusão nos camarotes da Ilha envolveram torcedores das duas equipes e seguranças


Assim como em Maceió, onde torcedores do Náutico foram registrados sendo violentados na partida contra o CSA, no Rei Pelé, também na Ilha do Retiro outros torcedores acusam os policiais de praticarem atos violentos, inclusive com mulheres sendo agredidas. No vídeo obtido pela reportagem do Esportes DP, é possível ver o momento em que policiais acertam com cassetetes alguns torcedores que aparentemente se dispersavam na saída do estádio.


Confusão nos camarotes

O professor universitário Júlio Andrade comenta que o camarote do qual é proprietário na Ilha teria sido invadido por pessoas relacionadas ao Novorizontino. Segundo o rubro-negro, a provocação de torcedores ou membros da comissão técnica adversária foi um dos pontos que desencadeou a confusão.

“Tudo começou a gente assistindo o jogo ‘de boa’, comemorando, gritando, torcendo como todo torcedor faz. Quando aconteceu o gol, a gente começou a intensificar mais essa torcida e direcionou algumas palavras para torcedores do time adversário. Se eles estavam ali ele tem a gozação do torcedor, que é normal. Eles não aguentaram a gozação, vieram para o meu camarote e invadiram, querendo brigar”, iniciou.

“Eu, até então, só fiz brincar com minha família que estava no camarote. E eles tentaram nos agredir. Foram retirados pelo segurança, que não era para ter deixado eles saírem do camarote em que eles estavam, mas foram retirados depois pelos seguranças do clube. Então depois começou uma confusão generalizada com meu camarote e outros camarotes, em relação a eles. Não sei que tipo de torcedor eram. Se eram dirigentes, se eram da comissão técnica, não sei”, completou.

No relato, Júlio destaca que o atrito escalonou e passou a envolver também seguranças que se identificaram como policiais civis. “A confusão ficou mais acirrada, e no meio disso tudo apareceram policiais civis, trabalhando como segurança, e no meio da confusão aconteceram alguns fatos que eles, inclusive, queriam me prender, meu primo e meu irmão. Porque houve a confusão, foi ‘complicadazinha’”, explicou, antes de se mostrar receoso de sofrer algum tipo de represália por parte dos seguranças.

“Estou me sentindo agora um pouco além de constrangido, por tudo o que aconteceu, até porque eles adentraram no meu camarote, na minha propriedade. O que não poderia ter acontecido. Não pelos seguranças, mas pelos torcedores do Novorizontino. E nessa confusão toda, depois da confusão com os seguranças intitulados de policiais civis, que eu acho que isso não pode acontecer, estou com receio de ir para o meu camarote nos próximos jogos. Porque eu não sei se eles vão me pegar alguma coisa na covardia.

“Ali eu estou vulnerável a essa situação, uma coisa que aconteceu devido a um erro administrativo de ter colocado alguns torcedores em camarotes próximos de outros camarotes de torcida, que isso dá confusão. Eu não sei o que é que vai acontecer, mas eu estou me sentindo com receio de ir para jogos devido a isso, inclusive com minha família. É uma situação muito chata, muito complicada e está difícil”, concluiu.Vitória do Sport, reaproximação do G4 da Série B, e recorde de público na competição, com quase 20 mil pessoas. Mas nem tudo foi festa na Ilha do Retiro, nesta terça, em Sport x Novorizontino. Torcedores registraram casos de violência em diferentes áreas do estádio leonino, o que tem aumentado a preocupação em relação à segurança nas arquibancadas.

DP

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