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quinta-feira, 24 de novembro de 2022

COPA DO MUNDO

Pelo fim da espera: contra a Sérvia, Brasil estreia a caminhada rumo ao Hexa no Catar

"Sonhamos em fazer uma grande Copa", destacou o técnico Tite (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)


Seleção brasileira não conquista a Copa do Mundo há vinte anos, e conta com uma geração mais jovem e versátil, sobretudo no ataque


Não é novidade que a paixão do povo brasileiro pelo futebol é singular. Porém, quando o assunto é Copa do Mundo, esse fanatismo atinge um nível que beira o religioso, e o verbo ‘esquecer’ ganha vida. Escolas e faculdades param as aulas, bancos e comércio fecham, famílias deixam de lado as diferenças, e todos se reúnem para torcer e mostrar ao mundo que o nosso futebol é o melhor. Hoje, às 16h, contra a Sérvia, começa mais uma jornada do Brasil no Mundial, pelo fim de uma espera de duas décadas. Essa, sim, é inesquecível.

Já são vinte anos desde que o capitão Cafu levantou a taça do pentacampeonato, em Yokohama, no Japão. Para os mais angustiados, 7.451 dias desde então. Período em que erros e frustrações se acumularam, mas sobretudo muitas lições. Inclusive para o técnico Tite, primeiro na história a ser mantido na seleção entre duas edições de Copa sem ter conquistado a taça.

“O aprendizado pode ser teórico, mas é fundamentalmente prático. Estou um pouco mais leve, um pouco mais prático, um pouco mais ‘Adenor’”, disse Tite, ao amenizar o peso da ansiedade para a estreia.

“Não me coloca a responsabilidade de vinte anos e toda uma história. São só quatro no processo todo. Mas é uma história muito linda e ela traz uma pressão, sim. Daquilo que o país vive, apaixonado, de estar nas ruas, principalmente a garotada, porque o futebol é ferramenta de educação. Sonhar faz parte do ser humano, e sonhamos em fazer uma grande Copa. Se não for o campeão, fazer nosso melhor. Temos seleções que sonham em alcançar o nosso patamar”, completou o treinador.

E para que o sonho do Hexa comece a ganhar forma em uma boa estreia, Tite não se prende a um padrão estabelecido, como o de definir onze titulares fixos, de uma escalação imutável. Grande prova disso é o fato de que a mais provável escalação para o jogo contra a Sérvia ainda sequer iniciou uma partida sob o seu comando. Com Lucas Paquetá e Neymar atuando mais centralizados, as alas do ataque devem ficar a cargo de Raphinha e Vinicius Junior, tendo Richarlison como centroavante.

Um poderio ofensivo jovem e versátil de uma nova geração, que tira de Neymar o peso de um protagonismo extremamente concentrado, como se viu nos Mundiais do Brasil (2014) e da Rússia (2018). Aos 30 anos, mais experiente entre os seus companheiros de ataque, que têm entre 22 e 25 anos, o camisa 10 terá um papel mais cerebral no jogo, de distribuir a bola, não dependendo estritamente do seu potencial técnico individual.

Fórmula encontrada por Tite para não dar espaços para imprevistos, uma vez que as zebras são sempre comuns na Copa do Mundo - que o digam Argentina e Alemanha. Classificada para o Catar sem passar pela repescagem europeia, a Sérvia também conta com uma geração renovada, de atletas campeões mundiais sub-20, em 2015. Mesmo atuando com três zagueiros num 3-5-2, o poderio ofensivo do time do técnico Dragan Stojkovic, ídolo do Estrela Vermelha e da extinta Iugoslávia, não pode ser menosprezado.

FICHA TÉCNICA

BRASIL

Alisson; Danilo, Thiago Silva, Marquinhos e Alex Sandro; Casemiro e Lucas Paquetá; Neymar, Raphinha, Vinícius Júnior e Richarlison. Técnico: Tite.

SÉRVIA

Vanja Milinkovic-Savic; Milenkovic, Veljkovic e Pavlovic; Zivkovic, Gudelj, Sergej Milinkovic-Savic, Miadenovic e Tadic; Mitrovic e Vlahovic. Técnico: Dragan Stojkovic.

Horário (Brasília): 16h
Local: Estádio Lusail, no Catar
Árbitro: Alireza Faghani (Irã)
Assistentes: Mohammadreza Mansouri e Mohammadreza Abolfazli (Irã)
4º árbitro: Maguette Ndiaye (Senegal)
VAR: Abdulla Al-Marri (Catar)

 Diego Borges

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