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domingo, 20 de novembro de 2022

COPA DO MUNDO

Capítulo 22 da Copa do Mundo começa a ser escrito neste domingo

Estádio Al Bayt recebe o jogo de abertura da Copa do Mundo (Foto: Kirill KUDRYAVTSEV / AFP)


A atenção do mundo se volta para o pequeno Catar à partir das 13h deste domingo, quando os donos da casa dão o pontapé inicial da competição contra o Equador


Assim como em 2002, quando o fuso horário da Coréia do Sul e Japão fez o público brasileiro assistir à Copa do Mundo de pijamas, a segunda vez que o maior evento do futebol será disputado na Ásia traz outra diferença: a data. Para fugir das temperaturas estratosféricas do Catar, sede do capítulo 22 do Mundial, a Fifa levou a competição para o fim do ano, quando o calor abranda um pouco mais. Por isso, os donos da casa abrem a festa da bola neste domingo (20), a partir do meio-dia (de Brasília) para a cerimônia de abertura e, uma hora depois, rolam a bola com o Equador, pelo Grupo A.

Além do período de disputa e a paisagem no meio do deserto, a Copa 2022 também tem sua cota de grandes investimentos e polêmicas. No primeiro item, o país anfitrião apresenta uma estimativa de US$ 229 bilhões gastos, o que fecha a conta na nossa moeda em R$ 1,22 trilhão, de acordo com a Forbes Money. Já a dona da festa, a Fifa, deve ter uma receita de US$ 7 bilhões (R$ 37,3 bilhões). Seguindo a linha milionária, a quantidade de ingressos vendidos é de cerca de 3 milhões, número, inclusive, superior à população catariana, que é de 2,8 milhões, a ser inflada em 1,2 milhão de turistas no período da Copa.

E só para fechar um número que também diferencia a atual edição das demais, o Catar é o menor país do mundo a sediar uma Copa até hoje: são 7,190,55 quilômetros quadrados, uma extensão 34 vezes menor que o estado de São Paulo, bem diferente da edição anterior, com os 17.100.000 km² da Rússia.

Sobre as polêmicas, o país-sede tem vários dedos apontados contra si por instituições defensoras dos direitos humanos. População LGBTQIA+, mulheres e jornalistas são as maiores vítimas do governo, seguindo a tradição de muitos países islâmicos. Some-se a isso várias denúncias sobre as condições precárias de trabalho para as obras do Mundial, tendo como alvo muitos migrantes pobres. Uma reportagem do britânico The Guardian apontou que até 6.500 trabalhadores migrantes sul-asiáticos morreram no Catar desde 2010, quando o país foi escolhido como sede da Copa 2022. O governo local negou as acusações. 

Wladmir Paulino

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