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terça-feira, 29 de novembro de 2022

COPA DO MUNDO

SURPRESA E NOVIDADE


Não há mais time bobo no futebol!

A frase acima, cujo autor ignoro, é uma das “máximas” do futebol, bastante utilizada para explicar o inexplicável. E se enquadra muito bem nesta fase de grupos da Copa do Catar, onde foram registradas algumas “zebras”, e outros resultados que interferiram nas campanhas de seleções creditadas a serem absolutas nos confrontos iniciais.

Em épocas passadas, quando não havia a predominância da televisão, e a internet, sequer, era um sonho, as diferenças eram explicitas. Quando o mercado do futebol europeu era fechado, não podendo haver mais de dois jogadores estrangeiros no elenco de cada clube, a distância que separava as grandes das pequenas seleções era abissal.

Asiáticos e africanos sequer eram convidados para a festa maior do futebol.

Nos dias de hoje somos todos iguais nesta farra. A internet derrubou todas as barreiras e a televisão levou, a todos os recôncavos do planeta, a magia do futebol, um esporte que encanta e aproxima os povos. Evidentemente que, no reino da bola existirá sempre as diferenças que são impostas pelo talento e pelo virtuosismo dos craques que são divididos numa escala que os colocam em patamares de “deuses” a “pernas de pau”.

Como nos ensinou o mestre, Adonias de Moura, um dos primeiros jornalistas pernambucanos a cobrir uma edição de Copa do Mundo, “em qualquer lugar do planeta existe primeiro e segundo”.

Sendo assim, respeitem as diferenças.

O Mundial do Catar nos tem mostrado que, no pasto do deserto há lugar para “zebras”. Mas vale lembrar que tais espaços são reduzidos. Eles traduzem a soma de conhecimentos adquiridos ao logo dos anos por africanos e asiáticos, que através de intercâmbios, buscam um aprendizado junto aos europeus e sul-americanos, que desde a criação da Copa do Mundo, brigam pela hegemonia do futebol.

Ao final desta fase de grupos, vamos observar que, uma ou outra, seleção credenciada a uma boa campanha, ficou pelo caminho, mas o título seguirá cobiçado e disputado por europeus e sul-americanos. Não é regra. Contudo, as equipes dos outros continentes ainda não têm musculatura para carregar este andor. 

O mestre, José Joaquim Pinto de Azevedo, alimentado pelas suas raízes lusas, acredita na chegada de Portugal a uma decisão histórica. França e Espanha foram as seleções que me deixaram boa impressão. A Seleção Brasileira sentiu a ausência de Neymar como referência, no jogo com a Suíça. Tite cometeu alguns equívocos, mas apesar dos percalços, classificou para às oitavas de final com folga. Croácia e Alemanha reagiram. Quanto a Argentina, se o técnico não errar tanto, deve passar pela Polônia.

Em Copa do Mundo, as zebras acontecem, e surpreendem. Mas os títulos mudam pouco de mãos. Em vinte e uma edições tivemos apenas oito campeões.

Eis a diferença entre surpresa e novidade.

CLAUDEMIR GOMES


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