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sábado, 5 de novembro de 2022

PORTO DE SUAPE

Governo de Pernambuco quita dívida e irá concluir a dragagem do Porto de Suape

Anúncio da conclusão da dragagem do Porto de Suape aconteceu no Palácio do Campo                                                                                                                                  das Princesas pelo Governador Paulo Câmara - Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco


Estado destinou R$ 340 milhões para quitação de débitos com empresa executora da obra, e injetou ainda R$ 140 milhões para finalizar o restante da obra. Com o término da dragagem o porto terá 20 metros de profundidade e poderá se tornar mais competitivo



Governo de Pernambuco anunciou nesta sexta-feira que a obra de dragagem do Porto de Suape será concluída. Com um aporte de R$ 480 milhões para conclusão da obra no canal externo do Porto e quitação de dívidas, a dragagem era um imbróglio desde 2014 e vai nivelar o Porto em ter 20 metros de profundidade.

 A obra deverá ter um prazo de duração de 4 a 5 meses e quando pronta vai permitir que o equipamento possa se tornar mais competitivo. A intervenção, paralisada desde 2013, será executada por meio de um navio-draga de última geração, permitindo a remoção de sedimentos e rochas.
 
A obra de dragagem foi interrompida em maio de 2013, quando o então governador Eduardo Campos não chegou a um acordo com o governo federal da época. Apesar da paralisação do contrato, a dragagem já estava com 85% das obras realizadas.Por conta disso, o Porto se tornou réu em uma ação que acontecia na Holanda, onde o Estado dos Países Baixos cobrava uma indenização de aproximadamente R$ 800 milhões por conta da falta de pagamento das parcelas de operações da dragagem parcialmente concluída. Para isso, foi feito um acordo extrajudicial no valor de R$ 480 milhões, que foi costurado há quase um ano.
 
Com o acordo, o passivo histórico foi reduzido, sendo destinados R$ 140 milhões para finalização da obra e R$ 340 milhões para quitação da dívida com a Holanda.
 
A partir do acordo, a Royal Van Oord (empresa executora) e o Estado dos Países Baixos retiram a acusação para que a empresa conclua a obra. Na execução a empresa holandesa vai utilizar de uma nova tecnologia que não necessita de explosões para o derrocamento, reduzindo os efeitos no meio ambiente.
 
Segundo o governador Paulo Câmara, a obra da dragagem quando concluída vai permitir que os empreendimentos que vão chegar em Suape tenham garantias para uma boa atuação.
 
“Essa obra era um passivo e precisava ser resolvida. Suape chegará a esse patamar com uma profundidade para fazer a diferença no funcionamento da Refinaria e em outras atuações como minério de ferro que terá um novo terminal, o trabalho da Maersk, dando plena condições de funcionamento. É uma conquista importante diante de tudo que vimos acontecer na economia nos últimos anos”, disse.
 
diretor-presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape, Roberto Gusmão, conta que a dragagem comece ainda neste mês. “Estamos aguardando autorização da Capitania dos Portos, já temos a licença do CPRH para começar. O método é diferente do que foi feito inicialmente com uma nova tecnologia sem implosões. Vamos dar assistência a famílias que possam ter prejuízo com a dragagem”, apontou.
 
Gusmão conta ainda que a obra finalizada vai fazer com que Suape possa ser o principal porto concentrador de carga no Nordeste.
 
“O principal porto do Brasil que é Santos, tem 15,8 metros de profundidade. Essa importância faz com que grandes empreendimentos que precisam de navios de grandes cargas tenham em Suape uma alternativa. Nos aproximamos da profundidade do Maranhão, que tem a maior do Nordeste, mas nossa localização é importante para ser competitivo e atrair outros grandes empreendimentos”, contou.
 
diretor Brasil da Royal Van Oord, Erick Aeck, conta que as obras vão durar cerca de 5 meses e irão nivelar o calado do porto em 20 metros. “Essa obra precisa ser no verão por conta das condições de mar, porque acontece na parte externa. Hoje encontramos o porto com uma profundidade oficial de 15,8 metros e tem áreas com menos de 18, pontos de 16 e assim vamos padronizar tudo em 20 metros. Existem rochas no canal e é a parte mais difícil porque estão em alto mar. Novas tecnologias foram adquiridas pela empresa e ela será diferente com menos danos ao meio ambiente e em um tempo menor”, destacou.

Por Matheus Jatobá

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