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domingo, 18 de dezembro de 2022

COPA DO MUNDO

Sob protesto de 'Fifa Máfia', Marrocos perde para Croácia e fica em quarto

Com a vitória, os croatas conseguem repetir a colocação da Copa de 98 (Foto: AFP)


Luka Modric se despede com vitória e repete campanha da geração de Davor Suker em 1998. Maioria no estádio, torcida marroquina se revolta com arbitragem e ataca entidade máxima do futebol


Mais do que a campanha do Marrocos na Copa, a execução do hino nacional do primeiro país africano e árabe a ficar entre os quatro melhores do mundo é o legado desta edição. Antes da derrota por 2 x 1 para a Croácia neste sábado no Khalifa International Stadium, o coral cantou a canção como se não houvesse amanhã. Depois de eliminar Espanha, Portugal e perder para a França na semifinal, havia mais um chamado para a guerra entoado a plenos pulmões nas arquibancadas emolduradas de vermelho e verde na derrota sob protestos por 2 x 1. Indignada com um pênalti ignorado pela arbitragem e um cartão amarelo para Amallah, a maioria dos 44.137 pagantes gritou: "Fifa Máfia".

Antes disso, a torcida exalava amor à pátria. Em uma tradução livre, um dos trechos do hino diz: "Vamos, irmãos/Em direção à grandeza/Vamos fazer com que o mundo perceba/Que viveremos eternamente aqui/Seguindo nosso lema/Alá, a pátria e o rei".

O sonho de ficar em terceiro lugar passava por neutralizar o meia Luka Modric. Aos 37 anos, o meia deixava seu ponto de calor em quase todas as partes do gramado. Piscou, dançou. Quando você imaginava o camisa 10 na função de volante ele já ocupava o papel de meia pela direita, esquerda na frente da área do adversário. Uma maestro praticamente onipresente.

Aos seis minutos do primeiro tempo, o jogador eleito melhor do mundo em 2018 caminhou lentamente para do grande círculo até as proximidades da área do Marrocos com uma aparente preguiça de quem disputava um jogo de fim de festa. Engano. No pé dele começou a mais bela jogada ensaiada da Copa. Ergueu a bola buscando Perisic. Ele usou a cabeça para ajeitá-la e Gvardiol compeltou de peixinho no canto direito de Bono. O beque de 20 anos, um dos melhores da Copa, ficou marcado pelo drible "Mané Messi" nas semifinais, quando o camisa 10 da Argentina incorporou Garrincha e entortou-lhe a coluna antes da assistência para o gol de Julián Álvarez.

A sincronia do lance acionou a tecla "mute" na torcida do Marrocos por contados 120 segundos. Aos oito, as Águias do Atlas reagiram. Zyech acionou o Dari e os africanos responderam na mesma moeda: com um gol de zagueiro. O beque é só três anos mais velho do que Gvardiol.

Enquanto Marrocos agia com o coração, empurrado pela pilhada torcida, a Croácia usava a razão para acalmar o jogo. Suportava a correria do rival em busca do empate e controlava a partida na base do que sabe fazer melhor: toque de bola e criação de espaços. Assim é a contruçã o do segundo gol.

O lance começa em uma roubada no campo de ataque seguido por uma assistência para Orsic. O autor da assistência para Bruno Petkovic no gol de empate contra o Brasil encobriu o goleiro Bono e restabeleceu a ordem no Khalifa.

Houve tempo para reclamações de dois pênaltis. Um em Gvardiol, ignorado pela arbitragem. Praticamente no lance seguinte, Marrocos também reinvindicou pênalti. A arbitragem mandou o lance seguir. Posicionada ao lado da tribuna de imprensa, a torcida croata protestou aos gritos de "Fifa Máfia".

Na batalha dos hinos nacionais, ecoou o da Croácia na premiação. "Oh, bela pátria nossa/Oh, heroica terra querida/De antigas glórias/Seja para sempre abençoada. No dia do triste adeus de Modrid da Copa do Mundo, a seleção do Leste Europeu se despediu do Mundial pela terceira vez enre os três melhores. Nascida em 1991 após a desintegração da Iugoslávia, a seleção desembarcou no Qatar com vice em 2018. Nesta edição, iguala o feito da geração de Davor Suker, terceira colocada em 1998, na França.

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