GIF Patrocinador

GIF Patrocinador

sábado, 10 de dezembro de 2022

EXPLICANDO A INCOMPETÊNCIA

Tite explica ausência de Neymar nos pênaltis, nega desorganização no gol da Croácia, e se despede da seleção 'em paz' consigo mesmo

"Não tem demagogia. Não coloquem herói ou vilão no esporte", disse Tite (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)


Treinador explicou que Neymar seria o quinto cobrador do Brasil pela 'pressão', e atribuiu empate da Croácia a um lance específico na partida


“Derrota dolorida, porém em paz comigo mesmo. Fim de ciclo”, assim o técnico Tite resumiu o seu sentimento, após seu último jogo à frente da seleção brasileira. Na eliminação para a Croácia, que logo trouxe à tona possíveis erros cometidos pela equipe e a comissão técnica, o treinador apresentou seus argumentos para explicar mais uma queda do Brasil na Copa do Mundo.

A começar pela ausência de Neymar na cobrança de pênaltis, onde o jovem Rodrygo, de 21 anos, foi o primeiro a abrir a série, parando no goleiro croata. “(Neymar) é o quinto e decisivo. É o que fica com uma pressão maior. É o jogador que tem maior qualidade, e melhor mentalmente para fazer a cobrança. Foi isso”, justificou Tite.

Outra questão foi o fato de que mesmo à frente do placar, faltando quatro minutos para o fim da prorrogação, o time brasileiro avançou e cedeu o empate no contra-ataque. Ponto que o técnico negou ser um sinal de falta de organização. “A desorganização foi por tua conta, não por mim. Então, eu já não concordo”, retrucou.

“Estávamos em uma ação ofensiva, com volume, tendo um jogador de retenção na frente. A jogada foi quebrada e pressionada. A gente teve a retenção com o Pedro, uma infiltração do Fred. Uma bola espirrada na frente, Danilo dá e rebate, ela volta e circunstancialmente uma bola puxa fundo. Nós conseguimos voltar e fechar a parte central do campo, onde aconteciam os cruzamentos que eles estavam com dois atacantes. Ela veio para trás, finaliza, desvia e entra numa única finalização. Talvez seja essa a desorganização. Uma única finalização da Croácia”, narrou o treinador.

Agora o vínculo entre Tite e a seleção brasileira se encerra. Entre as especulações e nomes chutados a torto e a direito pelo Brasil afora, os nomes variam desde Dorival Júnior, ex-Flamengo, até o de Pep Guardiola, hoje no Manchester City, da Inglaterra.

“Existem outros grandes profissionais que estão aí. Eu já havia colocado há mais de um ano e meio e eu não sou um cara de duas palavras. Agora, sim, foi um processo inteiro. Antes, foi um processo de recuperação e eu repudio essa forma. O desempenho, vocês façam os comentários, dos quatro jogos, daquilo que aconteceu. Estão aí as amostras para análise”, disse Tite.

Por fim, questionado sobre qual o legado que acredita ter deixado para o futebol brasileiro nesse ciclo selado, o treinador evitou fazer uma auto-análise mais concreta. “O tempo pode responder melhor. Agora há a dor. Por mais coerente, equilibrado e consciente que eu possa ter aflorado, eu não tenho condições de avaliar todo o trabalho realizado”, destacou, antes de apontar um futuro para a seleção.

“Dividimos alegria. Dividimos a tristeza. Tem uma geração bonita surgindo, e ela vai se fortalecendo nas adversidades, no crescimento. Todos nós somos resp
onsáveis. Não tem demagogia. Não coloquem herói ou vilão no esporte”, finalizou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário