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terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

CRIAÇÃO DA LIGA

Futebol Brasileiro


LIBRA x LFF

A criação de Ligas voltou a ser uma pauta relevante, bastante discutida, no futebol brasileiro. Após o encerramento das atividades do Clube dos 13 e da FBA, entidades que organizavam o Campeonato Brasileiro das Séries A e B, respectivamente, os clubes ficaram órfãos. A fragilidade passou a ser um mal coletivo. Nos dias de hoje existem dois clubes – Palmeiras e Flamengo – que estão num patamar bem acima dos demais. Os outros trabalham no sentido de suprir uma série de fragilidades. 

A criação de Ligas é a solução para o futebol brasileiro?

Ninguém, a não ser os vendedores de ilusão, tem informações suficientes para formar uma opinião convincente sobre o assunto. Eis a razão pela qual os clubes estão divididos em dois grupos: os que apoiam a LIBRA (Liga do Futebol Brasileiro), e os que apoiam a LFF ( Liga Forte Futebol do Brasil). Sport e Náutico fazem parte do grupo que apoia a criação da LFF, que já foi apelidada de “primo pobre”. O Santa Cruz não está em nenhum dos dois grupos.

Outra pergunta que não quer calar: A CBF vai apoiar a criação das Ligas?

A questão em discussão nos leva a pensar que ela seja sazonal. No final dos anos 90, no século passado, a proposta para criação de Ligas no futebol brasileiro tirou o sono dos dirigentes da CBF, e das Federações. Sem estrutura para operacionalização do projeto, os clubes se renderam aos rigores dos estatutos da FIFA e da CBF.

A entidade que administra o futebol brasileiro, com o respaldo das federações, que funcionam como competentes armeiros nestas batalhas por poder e espaço, há décadas exibe sua incompetência na administração do Campeonato Brasileiro, cuja divisão de renda é o ponto nevrálgico, que impede o encurtamento de distâncias entre os clubes, e contribui, de forma efetiva, para o apequenamento das agremiações.

Enfim, se a CBF não abraçar os projetos das Ligas, tudo o que está sendo “vendido” como a salvação da pátria de chuteiras, não passará de um sonho numa noite de verão.

A LFF, aprovou, por unanimidade dos clubes “filiados”, um investidor norte-americano. Na realidade, os investidores anunciados pela LIBRA e pela LFF não soltaram muita informação. O primo rico – a LIBRA -  me parece que apresentou um “canto de sereia” mais sedutor, contudo, fica difícil acreditar que clubes da envergadura de Palmeiras e Flamengo aceitem ter um ganho quase igual ao de um clube emergente da Série C. É esperar para ver.

De uma coisa todos nós sabemos: do presidente da CBF ao fanático torcedor que ainda paga para enfrentar a violência das torcidas organizadas e o desconforto das arquibancadas, é preciso fazer alguma coisa para salvar o futebol brasileiro.

Alguns estudiosos defendem a tese de que, a discussão sobre criação das Ligas atropela um processo considerado por eles prioritário: a transformação dos clubes em SAF – Sociedade Anônima do Futebol. O pensamento divide opiniões e deixa todos a beira do penhasco sem saber o que nasceu primeiro, o ovo ou a galinha.

Eu fico no aguardo da resposta do jogo dos milhões: LIBRA x LFF.

Até porque a CBF pode “chutar” tudo para o alto.

“Coisas do futebol brasileiro!”.


CLAUDEMIR GOMES

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