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sábado, 11 de fevereiro de 2023

SAÚDE

Hospital do Câncer se pronuncia sobre paralisação dos médicos

Foto: Taylinne Barret


Três dias após o anúncio da mobilização dos médicos contratados do Hospital do Câncer de Pernambuco (HCP) sobre uma possível paralisação, a unidade de saúde decidiu se pronunciar sobre o assunto. Em coletiva realizada nesta sexta-feira (10), o superintendente-geral do HCP, Sidney Neves, percorreu as instalações do hospital com jornalistas e prestou esclarecimentos sobre o atual momento das reivindicações dos profissionais da instituição.

A decisão da paralisação partiu de médicos que se encontram inconformados com a falta de pagamentos e alegam, também, ausência de estrutura física adequada no hospital. Para isso, foi realizada uma votação em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), com resultado acatado pelo Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe). A paralisação, já comunicada, está prevista para começar em até 30 dias. Mais de 100 médicos votaram na assembleia.


Ao abrir as portas do hospital, Neves mostrou os leitos cirúrgicos e a UTI e garantiu que as instalações do HCP estão adequadas para os pacientes. "Nosso hospital possui segurança em suas estruturas, com número de infecções baixas, possuímos reconhecimento de órgãos sanitários na qualidade de assistência ao paciente. A melhoria do hospital é constante. A população pode ter 100% de confiança no HCP, pois a estrutura existente hoje no hospital estão aptas a atender toda a demanda com qualidade", afirmou o superintendente.


Sidney também explicou sobre as dificuldades que o HCP passa por ser um hospital de rede pública. "Somos um hospital 100% SUS e 100% oncológico, privado, sem fins lucrativos, onde todo o dinheiro é revertido para o próprio hospital. Abrimos um novo prédio, aumentamos o número de leitos e UTIs, porque sabemos que as pessoas precisam. Nossa missão é atender pessoas com câncer. Enquanto tivermos condições daremos acesso a essas pessoas", disse.


Segundo o Simepe, o HCP atualmente possui uma dívida com os profissionais que chega ao valor de R$ 12 milhões. Essa dívida é devido a uma lei de incentivo a médicos que realizam cirurgias de alta complexidade. Com isso, os médicos devem receber um incentivo de 20% do valor das cirurgias, o que representa um total de 75% das cirurgias oncológicas. Contudo, o Simepe afirma que esses honorários não estão sendo pagos aos médicos cirurgiões há mais de sete anos.


"Nossas conversas estão sempre abertas. Mesmo o processo estando judicializado pelo sindicato, acreditamos que com uma boa negociação e um bom entendimento iremos conseguir algo bom para os dois lados", comentou Neves.


O Hospital do Câncer atende cerca de mil pessoas por dia, sendo 51% da população oncológica de Pernambuco. Além de 35% das quimioterapias, 43% das cirurgias e 46% das radioterapias. Sidney garante que a demanda do hospital consegue ser atendida. O hospital hoje possui 11 salas cirúrgicas e 30 leitos de UTI.


Por: Dayane Gomes



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