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segunda-feira, 13 de março de 2023

ANIVERSÁRIO

Recife e Olinda: aniversário das cidades teve muita música, bolo gigante e celebração da cultura

Programações destacaram o melhor das cidades irmãs (Fotos: Arquimedes Santos /PMO)

Berço do frevo, as cidades irmãs, Recife e Olinda, comemoraram os seus 486 e 488 anos, respectivamente, neste domingo (12). Para marcar a data, as duas cidades trouxeram uma programação especial, que retratou laços históricos e culturais mantidos por elas. Uma “ciclofaixa especial” uniu os dois municípios em um trecho de aproximadamente 4 quilômetros. Entre as atrações, o encontro da Pitombeira dos Quatro Cantos e o Galo da Madrugada, a distribuição dos bolos gigantes e a volta do espetáculo “O Boi Voador” marcaram o dia.

“É um sentimento de co-irmandade… A gente não tem uma fronteira, a gente não sabe onde uma começa, onde termina a outra”, declarou o secretário da Cultura de Pernambuco, Silvério Pessoa. 

Em Olinda, cidade histórica, às 16h aconteceu o aguardado encontro entre a troça Pitombeira dos Quatro Cantos e o maior bloco do mundo, o Galo da Madrugada, que destacou a importância da preservação dos vínculos e afetos que tanto dão sentido à vida. O cortejo saiu da sede da Pitombeira, seguiu pelas Ruas Prudente de Morais, Ribeira, São Bento, encerrando de volta à sede da troça anfitriã e contou com muita energia dos foliões que já estavam sentindo saudade do carnaval. Na Praça do Carmo, o palco Erasto Vasconcelos recebeu os shows do Maracatu Nação Pernambuco, Quinteto Violado, Cassino Tropical, Quinteto do Frevo e Almir Rouche. Finalizando a solenidade, às 19h foi a vez de servir o tradicional bolo de 488 kg que fez a alegria dos moradores e turistas. “É toda essa celebração continuada, parece que o carnaval ainda não acabou. A sensação que tem é essa mística. Os casarões, as letras de Alceu, o frevo de Michiles”, destacou o secretário. 

Na capital pernambucana o dia trouxe programação para todas as faixas etárias. Na Praça do Arsenal os pequenos receberam o show do Mundo Bita às 15h. Os cantores Marrom Brasileiro, Cintia Barros, Dany Myler, André Rio, Charles Theone e Ciel Santos também animaram a festa. O museu do Paço do Frevo garantiu acesso gratuito para todo o público. Na Avenida Guararapes os recifenses e visitantes puderam aproveitar o Viva Guararapes, que reuniu atividades, além é claro, do famoso banho de espuma e as apresentações de cantores da cultura pernambucana. À noite foi a vez do retorno do espetáculo “O Boi Voador”, que conta a história de Maurício de Nassau como governador de Pernambuco. A peça fez seu retorno após três anos longe dos palcos e mais uma vez surpreendeu o público que aguardava ansiosamente. A auxiliar de escritório, Eliane Santos, 44, trouxe as duas filhas, Lívia Maria, 8, e Larissa Antonia, 13, para prestigiar a ocasião. “Para mim foi muito importante esse momento para mostrar para elas a história da nossa cidade”, explicou. 

CICLOFAIXA 

Também teve a Ciclofaixa de Turismo e Lazer neste domingo (12), que dispôs de um trecho extra comemorativo conectando Recife e Olinda. As aniversariantes estavam ligadas entre a Avenida Mário Melo e a Avenida Olinda Dom Hélder Câmara, passando pela Rua da Aurora, Avenida Prefeito Artur Lima Cavalcanti e Avenida Cruz Cabugá. Ainda na Ciclofaixa de Turismo e Lazer, o cidadão será beneficiado com outras duas ampliações, estas permanentes para o trajeto dos domingos e feriados nacionais: a expansão Largo Dom Luiz, conectando a Ciclofaixa de Turismo e Lazer a partir da Praça Doutor Lula Cabral de Melo, no Parnamirim, até o Largo Dom Luiz, no Morro da Conceição que conecta a Estrada do Encanamento, Estrada das Ubaias, Rua Paula Batista, Rua Dona Ana Xavier, Rua Padre Lemos e Rua Pedro Allain. Outra expansão é no Pátio de São Pedro, percorrendo o trecho da Avenida Dantas Barreto até o Pátio. Esta ligação agrega ao percurso a Casa do Carnaval, Centro de Design, Memorial Chico Science, Memorial Luiz Gonzaga e Museu de Arte Popular, além da própria Igreja de São Pedro dos Clérigos

BOI VOADOR 
 
 (Foto: Francisco Silva/Multimídia )
Foto: Francisco Silva/Multimídia
 
Em sua terceira edição, o espetáculo O Boi Voador retornou aos palcos após três anos por causa da pandemia de Covid-19. A peça teatral, encenada no Marco Zero, Recife, retrata o século 17, mostrando ao público momentos e personagens marcantes do período holandês em Pernambuco. O enredo traz o momento em que Maurício de Nassau, que foi governador de Pernambuco, chega para governar a Nova Holanda, como era chamada a colônia holandesa, no Nordeste do Brasil de 1930 a 1654. Na época, o Conde trouxe vários intelectuais e isso gerou muito burburinho e ansiedade na população local. A partir daí, os mais de 100 atores em cena, contam também as grandes obras que Maurício de Nassau realizou no estado. O clímax da história, é o momento em que Nassau “fez um boi voar”. Na época ele estava sendo questionado pela demora da construção da ponte e, segundo a pitoresca história, virando motivo de piada, onde todos diziam ser mais fácil um Boi Voar, do que terminar a ponte.

Todos os anos novos elementos são adicionais à história e em 2023 não seria diferente, como foi o caso de João Fernandes Vieira e Maria César, que viveram um romance. Outra novidade foi a inclusão de músicas inéditas, compostas ao estilo da época, pelo músico pernambucano Demétrio Rangel. O Boi Voador já venceu o Prêmio Nacional do Turismo 2019, realizado pelo Ministério do Turismo, na categoria Melhor Iniciativa de Aproveitamento do Patrimônio Cultural para o Turismo – Iniciativas de Destaque. “É um momento histórico. Depois de três anos de uma pandemia, onde não tivemos espetáculo, voltar esse ano com toda essa grandeza no aniversário da cidade, é maravilhoso”, contou Gildete Santiago, 43, atriz do espetáculo.


Por: Eduarda Oliveira

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