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segunda-feira, 20 de março de 2023

FUTEBOL NA INTERNET

NA ERA DO YOUTUBE


O mundo está mudado! Isto é fato. As mudanças se processam numa velocidade absurda, nos deixando com o sentimento de que tudo virou de ponta cabeça. Um ritmo que se torna alucinante quando o foco está centrado na comunicação. E o futebol é um dos produtos mais cobiçados pelos investidores que, a cada dia buscam caminhos mais curtos para interligar o consumidor ao produto.

Neste final de semana, a TV aberta, e os canais por assinatura, colocaram a disposição dos amantes do futebol, um cardápio com bons jogos, vários clássicos em caráter decisivo, fato que levou o telespectador/torcedor a vivenciar uma grande maratona diante da telinha. Diante de tamanha oferta, um fato me chamou a atenção: o clássico entre Vasco e Flamengo, válido pelo segundo jogo da semifinal do Campeonato Carioca, não foi exibido pela Band, que comprou os direitos de transmissão da competição.

A vitória do Flamengo – 3x1 – sobre o rival Vasco, foi exibida pelo YouTube. A plataforma de compartilhamento teve mais de 8 milhões de acessos. O YouTube foi criado em 2005, e no ano seguinte (2006), foi comprado pelo Google. Evidente que não estamos falando da descoberta da pólvora. Aqui em Pernambuco não são poucos os profissionais que possuem canal na plataforma, contudo, a migração de um espetáculo de tamanha envergadura, um confronto decisivo entre os dois clubes, donos das maiores torcidas do futebol carioca, da TV aberta para o YouTube, é, sem dúvidas, a grande constatação de mudança de comportamento do torcedor, imposta pelo avanço da tecnologia.

O amistoso da Seleção Brasileira com o Marrocos, próximo sábado, na cidade de Tânger, no Marrocos, será transmitido pela Band (canal aberto), e pelo canal do Galvão Bueno no YouTube. Uma boa oportunidade para o ex-narrador da Globo aferir o seu ibope. Vale lembrar que Galvão se “despediu” da Seleção Brasileira no final da Copa do Catar. Agora, na primeira apresentação da Canarinha, pós mundial, aparece em voo solo, respaldado por uma equipe formada por ex-companheiros globais.

Enquanto as plataformas de compartilhamentos ganham espaço e musculatura na internet, o rádio esportivo desidrata. Não temos, em mãos, os números para fazer um comparativo, mas aposto sem medo de errar que, os 8 milhões de acessos registrados no YouTube, no jogo Vasco 1x3 Flamengo, foi bem superior ao número de ouvintes que acessaram todas as rádios que fizeram a transmissão do clássico carioca. Sinais dos tempos.

Segundo dados da ANATEL, o Brasil encerrou o ano de 2022 com um total de 251,6 milhões de celulares. Isto representa uma densidade de 116,84 celulares para cada 100 habitantes. Por mais que doa, os números atestam a morte do rádio esportivo. A era digital nos premia com o áudio/visual, de boa qualidade onde nós estivermos. Estamos carregando o mundo no bolso com tecnologia 5G. Gol de placa!

Enquanto assistia a vitória do Barcelona (2x1) sobre o Real Madrid, pela televisão, ao meu lado, meu neto, Guilherme Medeiros, 12 anos, de celular na mão, me repassava detalhes do clássico carioca. Ele faz parte da imensurável legião do YouTube.

CLAUDEMIR GOMES

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